MAN ataca mercado de caminhões extrapesados

Roberto Cortes, presidente da MAN na região: com meta de crescer mais do que o mercado, a montadora começou a produzir caminhões mais pesados. Foto: Regis Filho/Valor

 

Apesar da recuperação nas vendas de caminhões, a MAN, líder desse mercado com os veículos comerciais da marca Volkswagen, viveu um período de estagnação neste ano.

Enquanto o mercado cresceu 10,7% entre janeiro e novembro, os volumes da empresa, incluindo a marca MAN, caíram 0,5%, somando pouco mais de 37 mil caminhões nos onze meses.

A participação de mercado, que há um ano estava em 30%, recuou para 26,4%, permitindo a aproximação da principal concorrente, a Mercedes-Benz, cuja fatia sobre as vendas totais subiu de 25,3% para 25,8%.

Com uma presença apenas modesta no segmento de caminhões extrapesados, a MAN pouco se expôs à linha onde o consumo mais cresce.

Por isso, a estratégia traçada pela montadora para o ano que vem prevê atuação mais agressiva nessa faixa do mercado.

Em sua fábrica em Resende, no sul do Rio de Janeiro, a MAN começou recentemente a produzir um caminhão de 420 cavalos da linha Constellation.

Capaz de transportar até 57 toneladas em carga, esse modelo tem início das vendas previsto para janeiro. O novo Constellation se soma ao TGX, o modelo extrapesado que, em abril do ano passado, marcou a estreia da marca MAN no mercado brasileiro.

O TGX também vai ganhar uma versão mais potente, a de 480 cavalos, que tem lançamento no Brasil previsto para meados de 2014.

O objetivo é voltar a crescer a um ritmo acima da média do mercado, o que já tem acontecido em segmentos nos quais a MAN já atua, diz o presidente da montadora na América Latina, Roberto Cortes. “Não crescemos tanto neste ano porque nossa presença em extrapesados ainda é modesta”, diz o executivo.

Em 2013, enquanto as vendas dos caminhões mais pesados – no embalo do transporte da safra recorde de grãos – cresce acima de 32%, os licenciamentos dos chamados semileves recuam 16,5%, conforme dados coletados até novembro pela Anfavea, a entidade que representa a indústria nacional de veículos.

Na soma de todos os segmentos, as vendas de caminhões no país alcançaram 140,1 mil unidades nos onze primeiros meses do ano.

O número, segundo Cortes, deve subir para mais de 150 mil caminhões com as vendas de dezembro, o que significaria uma evolução superior a 8% ante o pífio desempenho de 2012, quando houve queda de quase 20%.

“Isso não recupera totalmente as perdas do ano passado, mas ainda assim é uma recuperação interessante”, afirma o presidente da MAN.

Para 2014, diz ele, a expectativa é de um crescimento de 7%, levando-se em conta a manutenção de estímulos – como juros mais baratos a financiamentos de bens de capital – e um desempenho mais pujante da economia.

Segundo o executivo, esse cenário permitiria ainda a recuperação nos demais segmentos da indústria de caminhões, favorecendo, dessa forma, os resultados da empresa.

Encomendas recebidas do governo também animam a marca. No total, a MAN ainda tem em carteira mais de 6,4 mil veículos, entre caminhões e ônibus, a serem entregues a órgãos governamentais.

Esse volume inclui mais de mil caminhões de licitações do Exército vencidas entre julho e setembro, em contratos que somam R$ 325,9 milhões.

Na expectativa de que a demanda seguirá em alta no “médio e longo prazo”, a MAN leva adiante um programa de investimentos iniciado em 2012 que prevê aportes de R$ 1 bilhão no país.

Junto com o desenvolvimento de novos produtos e a nacionalização do TGX, esses investimentos vão aumentar a capacidade de produção: dos atuais 80 mil veículos para 100 mil veículos por ano.

Para dar espaço a essa expansão, os sistemistas que hoje dividem o mesmo teto com a MAN em Resende estão sendo transferidos a um parque de fornecedores no entorno da fábrica de caminhões.

A Meritor e a Suspensys já se instalaram na área para o fornecimento dos eixos utilizados pelos veículos da montadora. A Maxion, fabricante de chassis, deve inaugurar sua linha nesse parque de fornecedores no primeiro trimestre do ano que vem.

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