Desde o fim da carta frete, muitos companheiros se sentem um pouco inseguros com a utilização do pagamento eletrônico de frete. Apesar de conceder mais segurança e liberdade na hora de receber e utilizar seu dinheiro, quando se trata de como adquirir os cartões, desbloqueá-los e utilizá-los, os caminhoneiros ainda têm dúvidas.
Foi por isso que Chico da Boleia esteve em São Paulo, na sede da Visa Cartões, para conversar com quem entende realmente desta questão. Na ocasião, entrevistou Karen Ferreira, Diretora de produtos comerciais e que possui 18 anos de experiência na área. Confira essa entrevista exclusiva e tire todas as suas dúvidas.
Chico da Boleia: Karen, nós estamos com pouco mais de dois anos da regulamentação do fim da carta frete e a Visa é uma das operadoras homologadas. Como é que você vê esses dois anos de operação?
Karen Ferreira: O que a gente vem acompanhando é que cada vez mais nós temos uma quantidade maior de transportadoras adotando o meio eletrônico de pagamento como a sua forma de levar o seu pagamento para o caminhoneiro autônomo. A Visa vem investindo no setor desde 2001, na realidade, através do lançamento do Visa Vale Pedágio – foi a primeira regulamentação para separar o pagamento do pedágio do frete. E desde então, a gente vem trabalhando nesse segmento para ajudar nesse processo de autonomia do caminhoneiro. Porque a gente fala isso? Por que ao adquirir um Visa Cargo, quando o caminhoneiro chega numa transportadora ou embarcadora, o recebimento do frete vai ser através desse meio eletrônico de pagamento homologado que é o Visa Cargo. Quando ele recebe o seu pagamento, através deste cartão, ele tem total autonomia para utilizar e gastar esse dinheiro que recebeu. Ele é um cartão pré-pago que se eu receber, por exemplo, um frete de 5 mil ou de 10 mil reais, a partir do crédito desde valor no cartão, o caminhoneiro conseguirá utilizar para abastecimento, troca de peças, alimentação, farmácia. Esse cartão é válido para o caminhoneiro e para o seu adicional, caso ele queira dar outro cartão para a esposa, filho ou qualquer outra pessoa. Então é uma liberdade de utilização, é uma autonomia, uma segurança. E também por ser um pré-pago, ele não tem nenhum tipo de risco em ter uma taxa de juros atrelada a esse cartão. É um cartão seguro, rápido e muito prático para se utilizar no dia a dia.
Chico da Boleia: Uma das grandes preocupações que o caminhoneiro autônomo tem, e vem comentando no dia a dia, é que com o sistema eletrônico de pagamento ele trocaria um ágio pelo outro. Trocando simplesmente quem vai explorar o dinheiro dele. Como você pode explicar para o companheiro que a história não é bem essa?
Karen Ferreira: Quando você recebe seu frete através desse meio eletrônico de pagamento que é o Visa Cargo, o seu dinheiro já está creditado neste cartão. Então ele não é um limite de crédito. Na realidade, você já tem um crédito efetivo. Se o meu pagamento é de três mil reais, de cinco mil reais, esse dinheiro já está carregado neste cartão. O que isso significa? Esses cinco mil reais já estão creditados neste plástico, neste cartão, que ele pode utilizar e sobre o qual em nenhum momento vai incorrer juros. Porque ele vai numa farmácia, num restaurante, num supermercado ou trocar uma peça, e ele não tem nenhum outro custo envolvido. Em qualquer estabelecimento no qual for aceito o cartão Visa, ele pode utilizar. Nenhum outro custo está envolvido. Não é um limite de crédito, é um valor já creditado, de direito do caminhoneiro, porque é o recebimento daquele frete que ele fez. Existe também a possibilidade do caminhoneiro sacar esse dinheiro, mas o que pretendemos é que ele utilize o cartão, justamente para não ter nenhum tipo de encargo ou taxa.
Chico da Boleia: Também vale acrescentar ao amigo, Karen, que ele não terá custo com o cartão. Ou seja, ao receber um cartão desses de uma transportadora ou embarcador que vai fazer o pagamento, eles não podem cobrar do caminhoneiro a emissão do plástico do cartão. Então você tem isso gratuitamente. O advento do fim da carta frente é como se fosse o advento do fim da escravatura, porque o caminhoneiro fica livre para operar onde quiser. Mas outra dúvida que possuem os caminhoneiros é sobre os pontos de aceitação do cartão em estabelecimentos. Karen, quantos pontos têm a Visa no Brasil?
Karen Ferreira: Nós temos tanto aqui no Brasil quanto no exterior, até porque também sabemos que muitos caminhoneiros também fazem rotas do Mercosul, 2,5 milhões de mercados afiliados aqui no mercado brasileiro e em todos os segmentos. Então, a gente está entrando cada vez mais em todos os perfis. Estamos em pequenos estabelecimentos, no pequeno comércio cada vez mais a aceitação do cartão está se expandindo no mercado brasileiro. Por isso que a gente tem certeza que pode apoiar esse caminhoneiro na utilização do cartão com segurança e com autonomia, que é o que você reforçou. Então ele não tem que abastecer num posto específico, ele não tem que ir num supermercado específico ou trocar a sua peça em um local específico. O caminhoneiro tem, realmente, liberdade e autonomia de escolha.
Chico da Boleia: Karen, caso o caminhoneiro utilize o cartão só para o recebimento de frete, corre o risco de aparecer alguma taxa misteriosa?
Karen Ferreira: Não, ele não corre nenhum risco. A partir do momento do momento em que o valor é credito, ele é 100% do motorista. Então na utilização, na compra, pagando o abastecimento, comprando sua alimentação, em qualquer utilização, nenhuma taxa, absolutamente nada, é cobrado. O que existe é uma taxa se ele for sacar este dinheiro e aí cada banco tem a sua taxa de saque. Porém a utilização do cartão em si não tem nenhum taxa.
Chico da Boleia: Caso o caminhoneiro queira um cartão adicional, seja para o cônjuge ou qualquer outra pessoa, haverá algum custo adicional?
Karen Ferreira: Também não tem. A regulamentação dá direito ao primeiro cartão adicional sem nenhum tipo de custo para o caminhoneiro.
Chico da Boleia: Karen, quais as vantagens do seu produto em relação ao mercado?
Karen Ferreira: Primeiro que a Visa vem apostando no setor, como a gente falou, desde 2001. Então a gente acredita neste segmento muito antes da própria regulamentação. Nós acreditamos muito na inclusão financeira desse caminhoneiro, desse familiar, a ampla aceitação do cartão no Brasil, no Mercosul é muito grande, existe essa facilidade. Ele também é um cartão seguro, contem um chip. Eu acho que são muitos benefícios de segurança. E nós procuramos aqui na Visa, também trabalhar ofertas e diferenciais. Hoje nós temos, por exemplo, uma oferta em vigor com a Della Via que em toda troca de pneus o caminhoneiro terá 30%. Então nesse momento nós procuramos fazer promoções de seis meses e um ano, hoje está em vigor esta promoção e a gente está sempre buscando levar um diferencial para esse portador lá na ponta.
Chico da Boleia: Tirando esta questão do desconto do pneu na compra, que você colocou pontualmente, pode-se pensar em alguma coisa a longo prazo, como o acúmulo de milhagem, por exemplo?
Karen Ferreira: Esse trabalho é mais feito com os nossos parceiros que são os bancos, emissores desse produto. Mas a gente está sempre aberto para ver ver como podemos ajudar esse caminhoneiro com facilidades e com benefícios. É sempre um ponto a ser avaliado.
Chico da Boleia: Karen, que recado você quer deixar pro nosso amigo?
Karen Ferreira: A utilização do cartão significa inclusão. Eles podem ficar tranquilos que realmente essa solução, esse meio eletrônico de pagamento veio para agregar, para ajudar não só o caminhoneiro, mas a família através do adicional. É segurança, é certeza de utilização, liberdade de escolha e inclusão financeira. É ter um meio que facilite a ampla utilização segura e confiável do dinheiro.
Redação Chico da Boleia
Transcrição Larissa J. Riberti
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