Lançamento da Conferência Global PARAR 2015 promove segurança no gerenciamento de frotas leves

O evento, cuja data está prevista para novembro, configura-se como a maior conferência sobre frotas leves e segurança da América Latina. 

O Instituto PARAR – que reúne especialistas na área de gestão de frotas leves para compartilhar temas sobre tecnologia, gestão de custos, direção defensiva, política de frotas, entre outros – lançou no dia 15 de julho a III Conferência Global PARAR.

O evento apresentou em primeira mão toda a programação da Conferência que será realizada em novembro e contará com a presença de importantes especialistas em segurança e do setor automotivo, nacionais e internacionais.

Flávio Tavares, Diretor do Instituto PARAR, explicou que o organismo nasceu principalmente depois que a ONU lançou a Década de Ação pelo Trânsito mais Seguro no mundo inteiro. “Nós percebemos que o Brasil era o quarto país com o maior número de acidentes de trânsito. Com os dados nós também percebemos que o comportamento dos condutores que trabalham com as empresas era muito agressivo. A partir de então decidimos montar um instituto onde criássemos uma cultura de segurança corporativa”, explicou.

O desafio do Instituto é, portanto, convencer as empresas a colocarem a vida como o principal valor de suas atividades. Em entrevista com Chico da Boleia, Tavares também comentou que, em três anos, foram realizadas mais de 250 ações para colocar em prática a missão de alterar o quadro de insegurança no trânsito brasileiro. “Hoje são mais de 6 mil executivos ligados ao PARAR fazendo uso dos nossos conteúdos através das nossas revistas, portal e de todo o trabalho que desenvolvemos”, frisou.

A terceira Conferência que acontecerá em novembro dará enfoque às ações voltadas para veículos leves, mas, de acordo com Tavares, o PARAR acaba tendo um alcance maior já que muitas empresas de frotas leves também possuem caminhões. “Hoje dentro dos fóruns, das conferências e dos nossos cursos de profissionalização dos gestores de frotas têm muitos que desenvolvem trabalho específico com frotas pesadas”, ponderou.

“Dar enfoque às frotas leves, não significa que entendamos que as frotas pesadas estejam mais evoluídas no tema, mas, de certa forma estas já estão mais inseridas na profissionalização e capacitação de seus gestores, já que existe uma disseminação maior nesse setor. O segmento de frotas leves ainda carece disso”, explicou o Diretor do Instituto PARAR.

O grande objetivo da III Conferência Global PARAR é fazer com que o efeito multiplicador das ações colocadas em prática pelo organismo se torne cada vez maior. Como explica Tavares, a ideia é mudar a governança corporativa das empresas para que elas pensem mais em segurança.

“Essa nova cultura deve começar da base, desde o processo de contratação dos funcionários e técnicos. Por exemplo, se a empresa decide por contratar funcionários com menos experiência, eles devem passar por um curso de direção defensiva e avaliações de aptidão para saber se eles podem assumir a posição. Temos que criar uma cultura que coloque a vida como prioridade”, frisou.

Entre os convidados para participar do evento esteve o piloto Cesar Urnhani, quem também conversou com Chico da Boleia. Para o piloto de testes da marca Audi, eventos como a Conferência Global PARAR são fundamentais para disseminar o bom comportamento e a segurança no trânsito. “Nós estamos falando de aproximadamente 44 mil pessoas que morreram no trânsito. Dessas, quase metade foram pedestres e a outra parcela foi de motociclistas.”, analisou.

O piloto também falou sobre as exigências de se tirar uma carteira de motorista. Em alguns países, como o Chile, é exigido no mínimo o Ensino Médio completo para que um cidadão possa solicitar a licença. Já no Japão a exigência é ainda maior dificultando que as pessoas tenham a carteira de habilitação. Isso porque tais países entendem que não são todas as pessoas que estão psicologicamente aptas para controlar um veículo.

Sobre o Brasil, no entanto, ele expressou: “O nosso psicotécnico hoje é totalmente proforma, ele não exclui as pessoas que não estão preparadas para estarem atrás do volante. Isso é extremamente perigoso”.

Sobre o dia a dia nas estradas, Urnhani, que também dirige caminhão, frisou que tanto o motociclista quanto quem dirige um veículo comum não tem ideia das dificuldades que um motorista de caminhão tem, por exemplo, numa subida, nos embalos, na economia de combustível. “Assim, com esse desconhecimento, tende-se a olhar para o caminhoneiro como se ele fosse o vilão dos acidentes que ocorrem”, explicou.

Somado a essa falta de noção que os condutores de veículos e motocicletas têm do trabalho dos motoristas profissionais, também existe uma carência de capacitação dos caminhoneiros para que eles conduzam com mais segurança e de forma mais defensiva.

“É comum ver caminhoneiros que, em rodovias onda a velocidade de veículos pesados é de, no máximo, 90km, andam a mais de 110km/h com caminhões carregados. Considerando que a desaceleração de um veículo não é proporcional e sim exponencial, se aquele caminhão precisar parar, ele não vai conseguir. Nem o caminhoneiro sabe disso, nem o carro que tá na frente dele sabe. Então existe uma falta de conhecimento técnico, aprendizado e cultura principalmente no momento em que se tira a carteira de motorista.”, afirmou.

 Veja a galeria da Conferência

Conquistas do PARAR

A segunda edição da Conferência Global PARAR, que ocorreu em 11 e 12 de novembro de 2014, contou com mais de 350 participantes e esteve recheada de palestrantes e figuras de renome do segmento, como Alejandro Furas – diretor Técnico da Global NCAP, órgão da Federação Internacional do Automóvel; Joe LaRosa – vice-presidente da Associação Norte-Americana de Gestores de Frotas (NAFA); Tom Johnson – fundador do Prêmio “100 Best Fleets” nos EUA; Nicolas Crescent – principal executivo de Vendas Internacionais da ALD International;  e Fred Madeira – diretor Comercial da WEX, importante gestora de frotas dos EUA.

Após o evento, muitas empresas se comprometeram com a criação de cultura de segurança em suas frotas. A Ambev, por exemplo, constituiu um departamento específico para cuidar dos seus mais de 3.000 veículos, alcançando reduções importantes em acidentes. A IBM, atenta à palestra da NCAP, decidiu adquirir somente carros que fossem cinco estrelas pelos critérios de avaliação do órgão. Recentemente, fecharam mais de 1.000 veículos com a classificação máxima para sua frota.

Com a visibilidade alcançada, o PARAR foi convidado a conduzir uma delegação para os Estados Unidos, com o intuito de formalizar um intercâmbio com a NAFA. Mais de 20 executivos do setor automotivo acompanharam a delegação, que realizou diversas reuniões com os principais representantes norte-americanos do setor. Na ocasião, o instituto recebeu sua primeira premiação internacional: reconhecido por sua causa humanitária, conquistou o prêmio Windell Mitchell, um dos mais importantes do segmento.

Além do mais, recebeu um convite NCAP para se tornar um dos parceiros estratégicos no Brasil, para disseminar o tema segurança automotiva nas corporações.

“Com a crescente força, estamos reunindo assinaturas dos maiores frotistas brasileiros, em um tratado nacional de compromisso das empresas com a disseminação da cultura de segurança e valor à vida em suas organizações. Este documento será entregue no evento da ONU, que ocorrerá em novembro em Brasília”, revela Tavares. “Neste ano, o evento estará ainda maior, com muito mais personalidades brasileiras do setor, entidades e órgãos de governos para embasar os debates. Será o maior e mais importante encontro que já fizemos”, destaca.

Sobre o Instituto PARAR

O Instituto PARAR foi criado para aquecer as discussões sobre as tendências e as boas práticas para uma gestão eficiente das frotas corporativas. “Mais de 60 mil pessoas morrem todos os anos, vítimas de acidentes de trânsito, e o Instituto PARAR tem a missão de profissionalizar os gestores de frota das mais de 6.000 empresas brasileiras filiadas”, ressalta o diretor.

Para isso, reúne especialistas na área de gestão de frotas leves, para compartilhar com os associados temas sobre tecnologia, gestão de custos, direção defensiva, política de frotas, e muitos outros.

O Instituto Parar surgiu da empresa GolSat, a primeira a unir os conceitos de rastreamento, tecnologia e sustentabilidade. A partir de gráficos, relatórios, rankings e indicadores, a companhia auxilia o administrador da frota a fazer uma análise do comportamento de seus veículos e condutores, elaborando políticas de frotas eficientes, que refletem em progressos sociais, econômicos e ambientais.

Redação Chico da Boleia com informações de Printer Press Comunicação Corporativa

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