Precisamos fazer as pessoas pensarem: ‘quero ir de ônibus’, em vez de ‘tenho que ir de ônibus’” comenta o número um da divisão de ônibus da Daimler Group, Hartmut Schick, executivo alemão, mas que conhece bem o Brasil, onde foi morador em Juiz de Fora (MG) durante a implantação da fábrica da Mercedes-Benz na cidade mineira.
O pensamento dele norteia a política de desenvolvimento de ônibus do grupo, que, neste segmento, conta com as marcas Mercedes-Benz, Setra e Thomas Built Buses. Em outras palavras, o executivo diz que o transporte público urbano não deve ser imposto aos cidadãos, mas deve ser atraente. E esse é o desafio para as cidades que, segundo estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas), terão 70% da população mundial até 2050 e onde não será mais possível continuar sendo tão dependente do transporte individual.
Uma das propostas da Daimler Buses é o Mercedes-Benz Future Bus com a tecnologia CityPilot. Dois protótipos já rodam em Amsterdã, na Holanda, em um corredor de BRT (Bus Rapid Transport) de 20 km, o maior da Europa. Outra proposta da empresa será o ônibus elétrico a ser lançado em 2018. Porém, isso merece ser tema de outra reportagem.
A tecnologia CityPilot é a versão para ônibus urbano da Highway Pilot do Mercedes-Benz New Actros, apresentada há dois anos. A tecnologia de condução semiautônoma para ônibus teve como base as mesmas tecnologias para caminhões e automóveis da marca. Porém, na CityPilot foram acrescentadas diversas funções em razão da complexidade do transporte urbano de passageiros, que roda em diferentes situações de trânsito, muitos cruzamentos e ainda deve garantir o conforto e a segurança dos usuários.
O Future Bus é o primeiro ônibus urbano do mundo com a tecnologia semiautônoma. Serão ainda mais cinco anos de testes na Holanda e na Alemanha antes do lançamento comercial dessa tecnologia, o que deverá ocorrer entre os anos 2021 e 2022, e exclusivamente para rodar em corredores de BRT com infraestrutura de conectividade com o veículo. Câmaras sofisticadas, radares e GPS são as fontes de informações para que uma central inteligente do ônibus analise todos os dados para as tomadas de decisões.
A BORDO DO FUTURE BUS
A TRANSPORTE MUNDIAL esteve presente durante a sua primeira apresentação mundial, em Amsterdã, na Holanda, e fomos passageiros do Future Bus no corredor de BRT. Passamos por pontes, diversas curvas fechadas e túneis, com o veículo sendo conduzido de forma autônoma. Nas retas, o ônibus pode chegar até a 70 km/h, velocidade máxima permitida no corredor.
Durante todo o percurso, o Future Bus acelerou, freou, parou nos semáforos e nos pontos de ônibus, fazendo todas as operações sozinho. O início da condução autônoma é dada pelo motorista ao apertar uma tecla azul. O sistema entra em operação se o condutor tirar o pé do acelerador e do freio, e as mãos do volante, pois qualquer atividade do condutor se sobrepõe ao comando do CityPilot, pois o motorista sempre mantém o controle final e pode interferir quando quiser.
No corredor, quando vem outro ônibus em sentido contrário, o motorista, por exigência da legislação, também é obrigado a assumir brevemente o volante, mas apenas nessa situação. Fora isso, o volante mexe sozinho para se manter entre as linhas brancas do corredor, inclusive em curvas fechadas e túneis, parecendo ser guiado por uma mão invisível. “A condução autônoma é um primeiro passo e o condutor continuará sendo necessário. Ainda não dá para saber se não haverá mais motorista no futuro”, comenta Hurmat Schick.
Para dar agilidade e proporcionar economia de combustível, 300 metros antes de um cruzamento, o Future Bus recebe informação do semáforo inteligente se está aberto ou fechado e, se fechado, quanto tempo falta para abrir. Assim, o ônibus regula sua velocidade para chegar no momento em que o semáforo for abrir. Dependendo das condições de trânsito, o semáforo prioriza o ônibus que está no corredor, caso não tenha acabado de abrir para a outra via ou se nessa via está vindo outro ônibus também. São algumas variáveis que o semáforo inteligente considera para decidir a qual via dará prioridade, comunicando tudo ao Future Bus. Essa comunicação é feita via wireless com tecnologia WLAN.
Nos pontos de paradas, o ônibus para exatamente a 10 cm de distância do calçamento, distância ideal para um fácil embarque e desembarque dos passageiros. Com isso, não há risco de o pneu raspar na calçada e, portanto, não precisa de ter pneus reforçados como nos ônibus convencionais. Significa menos peso, maior durabilidade e menor custo de manutenção. Ao parar, as portas abrem automaticamente. Uma barreira fotoelétrica reconhece a entrada e a saída dos usuários. Cinco segundos depois, a porta fecha e o ônibus começa a se mover.
Há uma luz no lado externo sobre as portas. Se estiver vermelha, significa que o ônibus está lotado, e o usuário deve aguardar o próximo ônibus. Se verde, o acesso está liberado. O pagamento da passagem é feito de forma eletrônica.
No percurso, podemos perceber que o Mercedes do futuro tem movimentos suaves, oferecendo conforto não só para o passageiro, mas também benefícios para o frotista e o meio ambiente. Isso porque o consumo de combustível e as emissões caem, e o esforço sobre o motor e os demais componentes é reduzido, o que se traduz em maior vida útil do trem de força.
SEGURANÇA
Considerando os riscos e as características do trânsito urbano, diferente de um caminhão autônomo que pode rodar nesse modo apenas em rodovias, a Mercedes-Benz teve que desenvolver habilidades extras para o seu protótipo. Acidentes que assistimos com frequência nos corredores de ônibus no Brasil, como um articulado que espremeu um táxi entre dois ônibus no corredor Ibirapuera-Vereador José Diniz, ou constantes atropelamentos no BRT do Rio, por exemplo, serão, na pior das hipóteses, mais raros com o Future Bus.
O sistema CityPilot faz crescer significativamente a segurança ao reduzir as falhas humanas, com acelerações e desacelerações mais suaves e redução de situações de risco. A tecnologia também garante não confundir pedestres, obstáculos na via e placas de sinalização. Aproximadamente uma dúzia de câmeras varrem a via e seus arredores, enquanto os sistema de radares de curto e longo alcance monitoram constantemente o caminho à frente, além do sistema de GPS. Esses sistemas são capazes de reconhecer um obstáculo na pista e diferenciá-lo de um que está bem próximo, como um poste de sinalização. Pedestres e ciclistas podem ser reconhecidos até a 50 metros de distância.
DESIGN E AMBIENTE INTERNO
A carroceria usada para o protótipo do Future Bus é baseada na Mercedes-Benz Citaro de 12 metros. O design interno e externo foi todo pensado dentro do conceito de um ônibus atrativo para os passageiros. Claro que a tecnologia CityPilot pode ser aplicada em qualquer carroceria, inclusive em articuladas, em razão da necessidade de cada rota ou cidade. O mesmo vale para a tecnologia de propulsão. O protótipo apresentado tem motor a diesel, porém, a CityPilot também pode equipar em ônibus a gás, elétrico, híbrido e a futura tecnologia de célula de combustível.
O modelo de carroceria apresentado nas fotos dessa reportagem é apenas um protótipo para 20 passageiros se acomodarem de forma bastante confortável. No mundo real, e o caso brasileiro é um exemplo, serão necessários diferentes tipos de carroceria. Porém, nem por isso haverá a perda do conceito de design agradável, das funcionalidades de entretenimento ou de outras facilidades, como Wi-Fi e carrogadores de celular, propostos pela Mercedes-Benz como valores que podem tornar o transporte público mais atraente.
Na carroceira do Future Bus foram adotadas formas assimétricas inspiradas na arquitetura das cidades europeias. O interior apresenta amplitude e foi inspirado em praças e parques. As barras de apoio ramificam-se para o alto, como árvores, na direção do teto bicolor. Aliás, uma luz que contorna todo o teto do ônibus, quando acesa na cor branca, significa que o motorista é quem está conduzindo o veículo. Quando na cor azul é o sistema CityPilot que conduz o Future Bus.
No centro, há duas grandes telas que, no caso da nossa viagem pelo corredor, reproduzia todas as informações do painel do motorista. Aliás, o painel do condutor é 100% digital e lembra um grande tablet. Nessas grandes telas no interior do ônibus, o frotista pode transmitir informações e oferecer entretenimento aos passageiros. As possibilidades de configurações parecem infinitas.
Apesar de o Brasil ser um dos mercados com maior potencial para utilizar o ônibus com a tecnologia CityPilot, grandes desafios ainda precisarão ser vencidos, pois o sistema somente pode ser uitlizado em corredores com infraestrutura de comunicação e sinalização altamente confiáveis, características que as cidades brasileiras ainda estão muito longe de possuir. Porém, a Mercedes-Benz aposta no crescimento do BRT mundo afora. Atualmente, já existem 180 sistemas de BRT em diversos países e esse número deve crescer bastante nos próximos cinco anos, quando o Future Bus começará a ser vendido comercialmente.
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