Felipe Giaffone levanta a taça e Leandro Totti leva o campeonato Sul-Americano de Fórmula Truck.

 Por Larissa Jacheta Riberti

O dia de domingo aqui no Autódromo Oscar Cabalén em Alta Gracia foi agitado. Desde cedo os carros faziam fila para entrar nos estacionamentos e o público foi de aproximadamente 40 mil pessoas. Os pilotos aqueceram os motores no Warm-up as 9 horas da manhã e desfilaram para o público em seguida. O show de caminhões realizado por Dani, Gabi e Juninho, os filhos do finado e idealizador da Fórmula Truck, Aurélio Batista Félix e da atual presidente Neusa Navarro, foi incrível. Pela primeira vez na Argentina, o trio proporcionou um grande espetáculo ao público com as famosas manobras e fritadas de pneu.

                O grid de largada que começou a ser composto por volta das 12:30  teve na pole position Felipe Giaffone, seguido de Roberval Andrade, Leandro Totti, Wellington Cirino e Régis Boessio. Já na largada, Leandro Totti superou Roberval Andrade e assumiu a segunda colocação, pouco tempo depois, mesmo com tempos parecidos, superou o pole Felipe Giaffone. Até a intervenção programa do Pace Truck, que aconteceu depois de 12 voltas, as primeiras colocações eram ocupadas por Totti, Giaffone, Monteiro, Andrade e Régis Boessio. A manutenção deste resultado até a bandeirada final seria suficiente para que Leandro Totti fosse campeão da prova e também do campeonato.

            Entretanto, após a relargada a corrida mudou. Giaffone pressionou e reassumiu a liderança, enquanto isso, Beto Monteiro disputava pela conquista do título. André Marques foi ao box três vezes, o que o impossibilitou de brigar mais de perto por uma das cinco colocações e Benavides ganhou a quinta colocação. Paulo Salustiano já aparecia em terceiro. Beto Monteiro teve dois pneus furados, o direito e o esquerdo dianteiros. Com essa infelicidade e mesmo com o trabalho duro da Scuderia Iveco, o piloto que brigava pelo título do campeonato sul-americano ficou em segundo lugar no campeonato e fora do pódio da etapa.

            Ao final da corrida, Felipe Giaffone cruzou a linha de chegada, seguido de Paulo Salustiano. A equipe ABF – Racing Team teve dobradinha no pódio com Leandro Totti em terceiro e Luiz Lopes, conquistando um troféu pela primeira vez, em quarto. A quinta colocação ficou com Valmir Benavides. Pelo campeonato Sul-Americano o campeão foi Leandro Totti, que deu mais um brilho à temporada desde ano, seguido por Beto Monteiro em segundo e André Marques em terceiro.

            Na coletiva de imprensa, os pilotos frisaram a tensão e nervosismo que estiveram presentes nas primeiras voltas de prova. Com o título do campeonato Sul-Americano em jogo e com possibilidades de vitória para vários dos corredores, as estratégias de competição foram agressivas e os tempos de volta muito parecidos. Felipe Giaffone frisou que o ritmo dos pilotos estava muito forte e que a competição foi movimentada. “Estávamos esbarrando, com os caminhões sem freio. O final da prova mudou completamente o cenário, com um ritmo muito forte, vários caminhões começaram a ter problema, principalmente no pneu.” Sobre a corrida na Argentina ele completou: “Eu jamais esperava que a categoria viesse sozinha para a Argentina, trazendo um público deste tamanho”.

            Paulo Salustiano, que obteve a melhor colocação até agora na temporada também frisou o alto ritmo dos pilotos. “O pessoal não estava economizando nada, aí vieram os problemas e a minha preocupação foi com os freios, pneus. Por isso eu resolvi dar uma segurada até o resultado final”. Leandro Totti, que sobe ao pódio pelo quarta vez consecutiva e que levou o título do campeonato Sul-Americano falou sobre a falha que sentiu no caminhão após a intervenção do Pace Truck. “A pista estava muito escorregadia, com muito óleo. Mas arriscamos. Pensei em parar na metade da corrida, porque eu senti as falhas no caminhão, mas a equipe me pediu pra pensar no campeonato brasileiro e eu continuei.”

            Luiz Lopes que subiu pela primeira vez ao pódio expressou grande felicidade por ele e também pela conquista do companheiro Leandro Totti. “A aprendizagem da Fórmula Truck é muito interessante, os caminhões são muito rápidos e a pista fica muito escorregadia!”. Valmir Benavides disse que manteve um ritmo o tempo todo na prova e que em determinado momento seu vidro foi “lavado” com óleo, o que dificultou a visibilidade e quase o fez desistir da prova.

            O resultado depois da bela corrida no Autódromo de Alta Gracia é o seguinte:

1º) Felipe Giaffone (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, 1h00min49s984

2º) Paulo Salustiano (SP/Volvo), ABF/Volvo, a 13s099

3º) Leandro Totti (PR/Mercedes-Benz), ABF Racing Team, a 16s079

4º) Luiz Lopes (SP/Mercedes-Benz), ABF Racing Team, a 20s297

5º) Valmir Benavides (SP/Iveco), Scuderia Iveco, a 2 voltas

6º) André Marques (SP/MAN-Volkswagen), RM-Competições, a 2 voltas

7º) Renato Martins (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, a 3 voltas

8º) Beto Monteiro (PE/Iveco), Scuderia Iveco, a 3 voltas

NÃO COMPLETARAM

Débora Rodrigues (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, a 9 voltas

Roberval Andrade (SP/Scania), Ticket Car Corinthians Motorsport, a 13 voltas

Luiz Pucci (ARG/Volvo), ABF/Volvo, a 13 voltas

Pedro Muffato (PR/Scania), Muffatão, a 14 voltas

Régis Boessio (RS/Mercedes-Benz), ABF Desenvolvimento Team, a 15 voltas

Wellington Cirino (PR/Mercedes-Benz), ABF/Mercedes-Benz, a 21 voltas

Adalberto Jardim (SP/MAN-Volkswagen), AJ5 Competições, a 22 voltas

Diumar Bueno (PR/Volvo), DB Motorsport, a 23 voltas

Geraldo Piquet (DF/Mercedes-Benz), ABF/Mercedes-Benz, a 24 voltas

Danilo Dirani (SP/Ford), 72 Sports, a 27 voltas

Pedro Gomes (SP/Ford), 72 Sports, a 27 voltas

Melhor volta: Giaffone, na 12ª, 1min32s940, média de 142,969 km/h

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