Lideranças do setor de transportes divulgam abaixo-assinado em defesa da CPI na Petrobras

Após nova alta do diesel, caminhoneiros avaliam a possibilidade de nova paralisação. (Foto: reprodução)

Lideranças do setor de transportes divulgam abaixo-assinado em defesa da CPI na Petrobras

Objetivo é analisar as vendas de ativos da estatal e a política de preços (PPI)

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) – entidades representativas dos caminhoneiros no Brasil – elaboraram um abaixo-assinado em defesa da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Petrobras.

A decisão em apoiar o pedido faz parte da agenda de lutas aprovada no último Encontro Nacional dos Caminhoneiros, realizado no dia 18 de setembro, em Brasília.

No abaixo-assinado, as entidades “reforçam o pedido” do deputado Paulo Ramos (PDT-RJ) pela criação dessa CPI que foi encaminhado à Câmara dos Deputados, em 2 de setembro.

Para as organizações dos caminhoneiros, o objetivo da CPI na Petrobras é analisar as vendas de ativos da estatal brasileira, bem como sua política de preços conhecida como Preço de Paridade de Importação (PPI).

O diretor da CNTTL e presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Ijuí-RS, Carlos Alberto Litti Dahmer, reforça a importância da criação dessa CPI ao informar que os caminhoneiros não aguentam mais tanta exploração. “Em 2018 o Brasil parou porque o diesel estava em R$ 2,93/litro. Hoje, o diesel subiu para R$ R$ 4,50 /litro e os fretes pagos pelo transporte de cargas são os mesmos de 2018: 60% do valor do frete é gasto com combustível. É importante que se faça uma revisão da política de preços do óleo diesel da Petrobras”, argumenta Litti.

Após nova alta do diesel, caminhoneiros avaliam a possibilidade de nova paralisação

Nesta semana, a Petrobras anunciou novo aumento do preço do litro do diesel A para as distribuidoras. Consequentemente, o reajuste afeta tanto os caminhoneiros (as) quanto a população em geral.

Como divulgado pela redação do Chico da Boleia, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fez novo levantamento apontando que o litro do combustível já ultrapassa o valor médio de R$ 4 na maioria dos estados; em algumas regiões, esse valor é ainda maior.

O presidente do CNTRC, Plínio Dias, informou que no dia 16 de outubro haverá nova reunião com as lideranças da categoria para discutir o tema. A intenção é dialogar sobre o assunto, visando uma solução para a categoria.

*Com informações da CNTTL e CNTRC

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