Chico Verifica: combate a fake news sobre os atos antidemocráticos

Chico Verifica: combate a fake news sobre os atos antidemocráticos

Confira quais falsas informações circulam pela internet, após os ataques a sede dos três poderes, em Brasília

Redação Chico da Boleia

A equipe do Chico da Boleia reuniu algumas informações a respeito de fake news divulgadas durante a semana, com relação aos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília, mais especificamente, na sede dos três poderes, no último dia 9 deste mês.

Agências como a Lupa e Aos Fatos, por exemplo, têm trabalhado continuamente para conferir dados e publicações ligadas a grupo bolsonaristas, responsáveis por propagar falsas informações em redes sociais e aplicativos de troca de mensagens.

Pensando no impacto que as fake news têm no dia a dia do nosso leitor, separamos aqui algumas das principais publicações com falsas informações sobre os ataques ocorridos em Brasília. Confira:

1 – É falso que uma idosa chamada Nilma Marson morreu no ginásio da Polícia Federal, em Brasília, devido a falta de alimentação durante horas, após ser apreendida por ter participado dos atos golpistas, no dia 9 de janeiro. A própria família da idosa desmentiu o fato por meio de uma publicação em uma rede social e afirmou que a mesma não participou dos atos e encontra-se em sua residência, no Paraná.

2 – É também falsa a informação de que outra idosa, de 77 anos, tenha falecido enquanto estava sob custódia da polícia, no mesmo ginásio, em Brasília. Nas redes sociais, uma montagem usando a imagem da senhora Deolinda Tempesta foi usada para disseminar falsas informações e abusos que os detidos estariam sofrendo. A família da senhora Deolinda veio a público explicar que a publicação era falsa e que a senhora havia falecido em 2022 devido a um acidente vascular cerebral.

3 – Vídeo que mostra integrante do Movimento dos Sem Terra (MST) “infiltrado” em atos golpistas, em Brasília, quebrando vidraças é falso. As imagens, na verdade, são de uma empresa chinesa, chamada Glass Laminating Machine, cujo conteúdo foi divulgado no Tik Tok. A assessoria do MST também desmentiu o envolvimento do integrante na publicação.

4 – Circula nas redes sociais a informação de que o Supremo Tribunal Federal (STF) teria determinado, após um acordo com as plataformas Whatsapp, Facebook e Twitter, o monitoramento de troca e publicação de mensagens. Não existe nenhum “acordo global” entre o governo e empresa responsáveis pelas redes sociais, principalmente, pois a legislação brasileira garante a proteção do usuário e de sua privacidade ao usar a internet. As informações completas podem ser obtidas no Marco Civil da Internet.

5 – Após ter sua imagem confundida com a de um golpista que havia defecado em um móvel na sala do STF, em Brasília, durante a invasão aos três poderes, um funcionário do Banco do Brasil precisou esclarecer que a alegação do seu envolvimento era falsa, inclusive a instituição bancária também apresentou provas de que o trabalhador estaria em Alexânia (GO), na data dos ataques no Distrito Federal.

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