Veículos semiautônomos podem reduzir acidentes, mas sua utilização exige moderação

Em Paris, por exemplo, 25% dos veículos vendidos no ano de 2021 tinham sistema de frenagem de emergência e 20% tinham detecção de faixa. (Foto: reprodução/Freepik)

Veículos semiautônomos podem reduzir acidentes, mas sua utilização exige moderação

Um dos objetivos da disseminação de modelos com esses dispositivos é contribuir para um trânsito mais seguro

Por Redação Chico da Boleia

Como frisou Jurandir Fernandes no texto publicado recentemente na nova edição do jornal Chico da Boleia, a automoção dos veículos não acontecerá de forma imediata. Apesar de muitos países já fabricarem e comercializarem veículos semiautônomos, os veículos que não necessitam de condutores demorarão pelo menos décadas para se tornarem uma realidade mundial, segundo especialistas.

Para que o leitor entenda melhor esse processo, reproduzimos os padrões estabelecidos pela Sociedade de Engenheiros Automotivos.

  • nível 0: veículo totalmente operado por um condutor;
  • nível 1, veículos que possuem um sistema automatizado que ajuda o motorista em algumas situações;
  • nível 2: veículo que pode dirigir sozinho em algumas situações, mas que precisa ser monitorado pelo motorista;
  • nível 3: tem tecnologia que permite realizar parte da tarefa de direção, com a atenção e intervenções pontuais do motorista;
  • nível 4: são veículos que já possuem um sistema automatizado capaz de dirigir, monitorar o ambiente e operar situações, sem que o motorista precise retomar o controle;
  • nível 5: são os veículos totalmente automatizados que podem realizar todas as tarefas de operação, sob qualquer condição, sem a intervenção de um motorista.

Uma das funções dos veículos semiautônomos é justamente auxiliar o motorista em situações de frenagem e diminuir os riscos de acidentes. Esses dispositivos vão desde sensores de manobra e aproximação, até alertas para redução de velocidade e piloto automático.

Em Paris, por exemplo, 25% dos veículos vendidos no ano de 2021 tinham sistema de frenagem de emergência e 20% tinham detecção de faixa. Os dados foram fornecidos pelo engenheiro Michel Braghetto, mentor de Mobilidade Autônoma da Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE, na sigla em inglês), e divulgados em matéria no portal Estadão.

De acordo com o engenheiro, um dos objetivos da disseminação de veículos com esses dispositivos é contribuir para um trânsito mais seguro. Os veículos semiautônomos ainda precisam de condutores, mas possuem dispositivos que consegue detectar radares, câmeras, e alertam em caso de situações que exijam redução brusca de velocidade ou desvio. Uma das expectativas é que esses veículos conectados sejam capazes de prever situações perigosas e tomar decisões para evitar um acidente.

No entanto, David Harkey, presidente do Instituto das Seguradoras para Segurança nas Estradas (IIHS, na sigla em inglês), afirmou ao Congresso dos EUA que é preciso cautela na utilização desses veículos. Segundo o especialista, o aviso de colisão frontal e a frenagem automática de emergência, emitido pode reduzir os impactos em 27% e 50%, respectivamente, além disso acidentes com pedestres foram evitados em 27% dos casos. As informações foram divulgadas em matéria do Auto Papo, do canal UOL, em março deste ano.

Por outro lado, Harkey afirma que a pesquisa feita pelo instituto apontou para a redução do foco dos motoristas durante a condução, já que eles se tornam mais displicentes sabendo que o carro emitirá alertas. O presidente do Instituto alertou que os veículos semiautomáticos não são capazes de prever, nem fazer as operações corretas, em situações de risco. Por esse motivo, alerta Harkey, os motoristas devem permanecer atentos durante todo o percurso.

Uma alternativa discutida pelos especialistas e fabricantes é avançar na fabricação dos veículos, pulando do nível 2 direto para o 4 e 5. Veículos desse tipo são operados por softwares programados através de Inteligência Artificial. Mas essa realidade ainda é um futuro relativamente distante para o TRC. É preciso avaliar e estudar com cautela os benefícios e as desvantagens de um sistema totalmente automatizado e que substitua por completo as atividades humanas, tanto na condução de carros de passeio, como veículos de carga.

Imagem: Freepik
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