O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já recebe, desde a última sexta-feira (12), projetos de desenvolvimento industrial e tecnológico no setor automotivo, que tenham como objetivo a descarbonização da mobilidade e da logística. A ação integra o programa BNDES Rota 2030, com orçamento total de R$ 200 milhões nos próximos cinco anos.
Para 2024, estão disponíveis R$ 40 milhões em recursos não reembolsáveis, a serem investidos em projetos que contemplem, ao menos, um dos temas a seguir: baterias e powertrains (trens de força) de baixa emissão, com foco em híbridos (elétricos + biocombustíveis), incluindo seus componentes e insumos críticos e as soluções para infraestrutura de recarga; descarbonização dos processos produtivos de veículos, componentes, insumos críticos e materiais estratégicos (a exemplo de aço verde, alumínio e novas ligas especiais); e biocombustíveis e suas aplicações em veículos leves e pesados e em máquinas agrícolas (com destaque para as soluções de biometano, incluindo projetos-piloto de sua utilização).
“O BNDES Rota 2030 tem como finalidade ampliar a competitividade da indústria automobilística brasileira. Vamos estimular a inovação tecnológica, a capacitação da mão-de-obra e a geração de empregos qualificados, em linha com as prioridades de desenvolvimento definidas pelo governo do presidente Lula”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
“Vamos apoiar projetos de pesquisa, desenvolvimento, inovação, engenharia, estudos, testes, pilotos e certificações que, dentre outras ações, estimulem fontes de energia, produtos e processos que minimizem a emissão de CO2”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco, José Luís Gordon.
Em outubro do ano passado, BNDES e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) assinaram um acordo de cooperação técnica que habilitou o Banco a captar R$ 40 milhões ao ano para serem utilizados em projetos da cadeia de fornecedores do setor automotivo. Com o acordo, o Banco passou a operar recursos dos fundos dos Programas Prioritários do Rota 2030, que provêm, principalmente, da contrapartida de empresas beneficiadas por isenção de impostos na importação de peças e insumos não fabricados no Brasil, mas necessários à melhoria da eficiência energética da frota.
Critérios
Os projetos a serem apresentados devem ser destinados a plataformas veiculares elegíveis, que são: máquinas agrícolas (biometano e outros biocombustíveis alternativos); pesados urbanos (elétricos e a GNV/biometano); leves (híbridos a etanol, elétricos e células de combustível); e pesados rodoviários (GNV/biometano, biodiesel e células de combustível).
As propostas de projetos poderão ser submetidas ao BNDES em qualquer momento do ano,através do ícone “Chamada Pública” disponível no Portal do Cliente, no site do Banco. A avaliação e priorização dos projetos considerará critérios como:
- aderência aos focos temáticos e às plataformas veiculares elegíveis;
- impacto econômico e ambiental da tecnologia;
- desafios tecnológicos envolvidos;
- grau de ineditismo da tecnologia a ser desenvolvida;
- potencial de introdução das inovações no mercado;
- aplicação potencial da tecnologia em outros setores;
- cooperação na cadeia de fornecedores;
- capacitação da equipe do projeto e da instituição de pesquisa;
- alinhamento com outras políticas públicas.
Projetos
Os projetos devem ser propostos por instituições de pesquisa, que podem contar com a parceria de empresas intervenientes, e devem ter valor mínimo de R$ 10 milhões por operação. Em projetos com a participação de montadoras, será obrigatória a participação de pelo menos uma empresa da cadeia de fornecimento de componentes e insumos críticos. O Banco terá participação máxima de até 80% do valor dos itens financiáveis; e de até 90% para projetos ou empresas sediadas nas regiões Norte e Nordeste.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal
Colaboradores: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Imagem: Freepik
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