Incentivar o diálogo entre mulheres e fortalecer as ações em diversas esferas do trânsito brasileiro. Esse é o objetivo do 1º Seminário Trânsito para Elas, que acontece nesta quarta-feira (17), e é promovido pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), em parceria com o Instituto Mulheres pelo Trânsito.
“Esse é o primeiro seminário que fazemos que traz essa fala, esse olhar das mulheres no trânsito para debater questões que são essenciais para todos nós”, comemorou a diretora do Departamento de Segurança no Trânsito, Maria Alice Nascimento Souza. “Desse evento devem sair grandes discussões nos setores de Transporte, Infraestrutura e Segurança no Trânsito que venham a contribuir para diminuir o número de mortes e sinistros em nossas estradas e rodovias”, acrescentou.
Além da diretora, o painel que abriu o encontro contou com as presenças do secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão; da secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados do Ministério das Mulheres, Analine Specht; da diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Letícia de Oliveira Cardoso; da presidente do Instituto Trânsito pelas Mulheres, Carolina Marino, e pela chefe de gabinete da deputada federal Gleisi Hoffmann, Dayane Hirt.
“O Seminário Trânsito para Elas é uma iniciativa essencial para promover a liderança feminina e reconhecer o papel fundamental das mulheres no trânsito brasileiro. O Ministério dos Transportes está comprometido em criar um ambiente mais inclusivo e equitativo para todas as profissionais do trânsito”, argumentou o secretário Adrualdo Catão, ao destacar que considera o evento um ponto de virada na abordagem do trânsito brasileiro.
Ao longo desta quarta-feira o evento terá ainda outros seis painéis, que tratam de importantes temas como “As mulheres no Setor de Transportes: diagnóstico e prospecção do cenário futuro”; “A representatividade da mulher no setor de infraestrutura logística rodoviária”; e “Liderança feminina: a perspectiva da empatia nos cargos de direção”.
Elas na Infraestrutura
Para combater ativamente a discriminação de gênero e raça no ambiente de trabalho, o ministro dos Transportes, Renan Filho, assinou, no início do mês, o protocolo de intenções do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. O objetivo é ampliar a igualdade em acesso, remuneração, ascensão e permanência no emprego nas agências reguladoras e empresas públicas vinculadas ao Ministério dos Transportes e em toda a rede de companhias que atuam direta e indiretamente na infraestrutura rodoviária, ferroviária e logística do país.
Estatísticas
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as brasileiras recebem 22% a menos que os homens. A diferença quase dobra em cargos de gerência e diretoria: a redução é de 38,1% em relação ao rendimento deles.
Quanto aos motoristas habilitados, os dados do Registro Nacional de Carteira de Habilitação (RENACH) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) revelam um aumento significativo nos últimos anos de mulheres nas categorias mais comuns, como carros, motocicletas, vans e até mesmo na categoria que inclui ônibus.
Já na categoria “B” (carros, picapes e vans), elas ultrapassam o número de homens habilitados, representando 50,2% do total.
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