Outubro Rosa: INCA estima o diagnóstico de 74 mil casos de câncer de mama somente em 2024

(Imagem: divulgação/Chico da Boleia)

Esse mês é realizada a campanha Outubro Rosa, movimento internacional dedicado a conscientização sobre o câncer de mama. No Brasil, esse tipo de tumor é o que mais acomete as mulheres e, segundo um levantamento do Instituto de Nacional do Câncer (INCA), estima-se que até 2025 serão diagnosticados cerca de 74 mil casos da doença.

Um estudo apresentado este ano durante o Congresso Brasileiro de Câncer na Mulher, realizado no Rio de Janeiro, revelou que entre 2012 e 2022 houve um aumento de 40,8% no número absoluto de óbitos por câncer de mama no país. Sendo que a maiorias das vítimas é de mulheres acima dos 50 anos. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para prevenir a mortalidade e a redução de casos diagnosticados.

De acordo com o Ministério da Saúde, mulheres de todas as idades devem estar atentas aos sinais ou sintomas provocados pelo câncer de mama, mas ao completarem 50 anos, é indicada a realização da mamografia, de periodicidade bienal. Esse exame é capaz de identificar a doença antes mesmo do aparecimento da pessoa apresentar sintomas.

“O câncer de mama hoje é curável, mas naturalmente quando mais cedo é diagnosticado, maior é a chance de ser curado com menos tratamento. Lembrando que o tratamento é multidisciplinar. Ou seja, se é um tumor inicial, vai ser muito importante justamente o mastologista, que vai operar e retirar esse tumor; depois o paciente é encaminhado para o oncologista, que vai ver qual será o tratamento complementar”, explica a oncologista Carla Ismael, médica do Centro de Terapia Oncológica (CTP), de Petrópolis, no Rio de Janeiro.

Em casos mais avançados, a especialista explica que existem outros tratamentos indicados como a radioterapia, hormonioterapia e a quimioterapia, que pode ser aliada a imunoterapia, dependendo do tipo de tumor. “Mesmo o tumor que já é metastático, também tem tratamento, também tem a possibilidade de uma vida normal”.

Sintomas

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são:

  • Edema cutâneo (na pele), semelhante à casca de laranja;
  • Retração cutânea;
  • Dor;
  • Inversão do mamilo;
  • Hiperemia;
  • Descamação ou ulceração do mamilo;
  • Secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea.

Diagnóstico e tratamento

Caso apareça algum nódulo na mama ou um ou mais sintomas (citados acima) é necessário investigar por meio de exames se é ou não câncer de mama. Além do exame clínico, é recomendado os de imagem como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. É indicado ainda a realização de uma biópsia, técnica que consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções ou de uma pequena cirurgia. O material, em seguida, é analisado por um patologista que determinará o diagnóstico final.

O tratamento dependerá da gravidade do caso, como explicado anteriormente pela doutora Carla Ismael, mas é importante lembrar que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todos os tipos de cirurgias como: mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária, além de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos.

Prevenção

De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores, especificamente aqueles considerados modificáveis.

Os principais fatores de risco comportamentais relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama são:

  • Excesso de peso corporal;
  • Falta de atividade física;
  • Consumo de bebidas alcoólicas.

Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. Controlar o peso corporal e evitar a obesidade, por meio da alimentação saudável e da prática regular de exercícios físicos, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas são recomendações básicas para prevenir o câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.

*Com informações do Ministério da Saúde

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