Transporte de cargas ganhará estudo logístico no Rio de Janeiro

A Secretaria Estadual de Transportes do Rio vai realizar um grande estudo sobre mobilidade urbana específico para a área de carga. É o que afirmou o subsecretário da pasta e membro do Conselho Empresarial de Logística e Transporte da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Delmo Pinho. De acordo com ele, o trabalho será feito em parceria com especialistas do Instituto Holandês para Pesquisa Científica Aplicada (sigla TNO, em inglês). Os pesquisadores participaram, dia 8 de abril, por videoconferência, de evento organizado pelo Conselho da ACRJ.

– Esse estudo serve justamente para melhorarmos o serviço de transporte de cargas em nosso estado e em nossa cidade, para os compradores, fornecedores e, principalmente, para os cidadãos. Essa pesquisa deverá envolver alguns corredores da cidade entre o porto do Rio e o aeroporto internacional do Galeão, além de corredores interestaduais que atravessam nosso estado. Ainda não temos data definida para iniciarmos esse estudo, mas nesta segunda, a partir desse encontro na Associação Comercial do Rio de Janeiro, pudemos dar início a essa negociação – revelou Pinho.

O Conselho Empresarial de Logística e Transporte da ACRJ inovou ao realizar, dia 8 de abril, por videoconferência, a palestra “Experiência Holandesa na Integração de Projetos Portuários com a Sociedade”. A partir do país europeu, três peritos do Instituto Holandês para Pesquisa Científica Aplicada (TNO) falaram sobre mobilidade e desenvolvimento urbano, segurança e defesa portuária, eficiência energética, infra-estrutura e acesso de informações à população.

Para o presidente do Conselho, Eduardo Rebuzzi, a experiência dos holandeses em mobilidade, operação portuária e todas as questões que envolvem transporte, deve ser adaptada para a realidade brasileira. Segundo ele, no Brasil existem algumas barreiras legais e culturais como cidades que não foram planejadas, demandas que não são atendidas e falta de infra-estrutura.

– Temos dificuldades muito próprias. Além da infra-estrutura, com rodovias e ferrovias ineficientes, há uma legislação que precisa ser revista e certa falta de educação da população como um todo. Os holandeses podem trazer várias soluções eficientes para esses problemas. Mas precisamos adaptá-las para nossa realidade e, assim, planejar melhor nossas atividades de transporte. Isso não é uma solução a curto prazo. Mas temos que planejar hoje para melhorar o futuro – alertou Rebuzzi.

O presidente da Casa de Mauá, Antenor Barros Leal, ressaltou a importância da visita dos representantes do TNO.

– As técnicas e condições de inteligência dos pesquisadores holandeses sobre o funcionamento de uma cidade como o Rio de Janeiro, com 12 milhões de pessoas na área metropolitana, só vem a contribuir para todos nós.

Estiveram presentes no evento o cônsul-geral do Reino dos Países Baixos no Rio de Janeiro, Paul Comenencia; o ex-presidente da ACRJ, Grande-Benemérito Paulo Manoel Lenz Cesar Protasio; e membros do CE de Logística e Transporte.

Fonte: monitor mercantil

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