Anfavea: perpectivas de crescimento em 2017

A Anfavea (associação dos fabricantes de veículos) divulgou nesta quinta-feira (6/10) o resultado da indústria de veículos e a boa notícia não veio do segmento de automóveis e nem de caminhões, ainda em queda, mas de máquinas agrícolas e rodoviárias que cresceu 22,2% em setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Setembro foi o melhor mês do ano para máquinas (4.795 unidades em setembro contra 1.560 em janeiro, pior mês do ano) e sinaliza que o setor do agronegócio voltou a investir na produção.

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Isso significa que há sinais de confiança que a economia voltará a crescer em 2017 e, para que o setor de transporte volte a crescer, o investimento começa no setor produtivo e os investimentos no agronegócio influenciam diretamente a contratação de frete a partir de meados de cada ano, consequentemente, influenciando a compra de caminhões.

“O telefone voltou a tocar”, comenta o diretor de comunicação e relações institucionais da Mercedes-Benz e vice-presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, referindo se que os clientes já começam a fazer consultas para futuras compras. Mas, no momento, são apenas sinais positivos para o futuro. O presente ainda é cruel, e o mês de setembro apresentou uma queda de 4,6% nas vendas de caminhões de setembro em comparação com o mês anterior (4 195 unidades vs. 4.399), e no acumulado, queda de 30% no acumulado deste ano (38.867 caminhões vs. 55.524).

A perspectiva para 2017 é de crescimento, porém, Moraes lembra que qualquer crescimento sobre uma base baixa irá dar um percentual grande. Este ano, o mercado deve fechar com pouco mais de 50 mil caminhões comercializados, portanto, se em 2017 venderem 60 mil unidades, significa um crescimento de cerca de 20% em um mercado que há pouco tempo vendeu mais de 172 mil caminhões em apenas um ano.

ÔNIBUS
O mercado de ônibus apresentou forte queda, de 42,4% na comparação de setembro com agosto (701 unidades vs. 1.216). No acumulado a queda é de 32,2% (9.301 vs. 13.719). O que mais tem cooperado para o baixo desempenho na indústria de ônibus é o atraso nos programas de renovação de frotas do transporte pública das capitais, principalmente São Paulo, cidade que, apesar dos problemas de poluição, ainda mantém em circulação ônibus com tecnologia antiga (Euro 3) com idade média próxima dos sete anos.

MARCOS VILLELA
Da Motorpress

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