Automação veicular: Qual será o futuro do profissional do volante?

Podemos afirmar que, embora a categoria possa passar por mudanças significativas com a automação veicular, é improvável que a profissão de motorista seja extinta. (Foto: reprodução/Pixabay)

Automação veicular: Qual será o futuro do profissional do volante?

Artigo escrito por Jurandir Fernandes, Coordenador do Comitê de Transportes e Logística do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo (SEESP) e do Comitê Consultivo Internacional do Centro Paulista de Estudos da Transição Energética – CPTEn – UNICAMP, publicado na nova edição do Jornal Nacional – Chico da Boleia. Clique aqui e confira o conteúdo completo.

A automação veicular está em constante desenvolvimento e deverá estar cada vez mais presente em nossas cidades e estradas. A evolução tem sido constante tanto para transporte de passageiros como de carga. Há 10 anos atrás, dizíamos que isso era assunto de ficção científica. Hoje é difícil encontrar alguma indústria automobilística que não esteja desenvolvendo veículos autônomos.

No caso do transporte de carga, a automação deve pegar com mais força em diversos elos da cadeia logística e no transporte de longa distância. No entanto, é importante ressaltar que a implementação em larga escala de veículos totalmente autônomos enfrenta desafios técnicos, regulatórios e de aceitação social. Assim, a transição para veículos autônomos não se dará de forma imediata ou completa no curto prazo, ou seja, nos próximos 10 anos. Ela ocorrerá aos poucos como já estamos percebendo nos veículos atuais equipados com detetores de mudança de faixa, aviso de obstáculos à frente, alarmes de alerta contra a sonolência ao volante e muitos outros itens de segurança.

Não vamos tapar o sol com a peneira e dizer que nada vai afetar o futuro da categoria. É possível sim que a automação veicular tenha um impacto no setor, especialmente em áreas onde a automação pode substituir tarefas repetitivas ou perigosas. Repetitivas como no caso de operação de caçambas em canteiros de grandes obras. Ou perigosas como no transporte de produtos inflamáveis. Vale lembrar também que em transporte de carga de longas distâncias já estão sendo testados comboios de caminhões com o carro guia dirigido por um motorista seguido por caminhões autônomos.

No entanto, é importante notar que a presença de motoristas será sempre necessária em muitas situações. Há tarefas complexas que exigem habilidades humanas, como a tomada de decisões imprevistas, a operação de veículos em condições adversas ou a resolução de problemas técnicos. Ainda não conheço um veículo autônomo que saiba trocar um pneu ou socorrer alguém passando necessidade na estrada.

Podemos afirmar que, embora a categoria possa passar por mudanças significativas com a automação veicular, é improvável que a profissão de motorista seja extinta. Em vez disso, é mais provável que os papéis dos motoristas evoluam, com uma maior ênfase em tarefas que exijam habilidades humanas específicas e complementem as capacidades e vantagens dos veículos autônomos.

Não custa lembrar que devemos procurar sempre evoluir na profissão. Estar em contato com as inovações, interessando-se pelo que há de novo no setor, lendo sobre o assunto e apoiando o que vem em benefício da segurança e do conforto do motorista sem deixar de lado a importância do aumento de produtividade e das reduções de custo em toda a nossa cadeia logística.

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