Redação Chico da Boleia
Com apenas 12 anos de idade, Lucas Lima descobriu sua vocação, sua paixão por desenhar. Mesmo com muitas dificuldades, se dedicou a arte e estudou para, hoje, conseguiu transformar sonhos em arte.
Com apenas lápis de cor nas mãos e muita criatividade, ele cria imagens incríveis, baseadas em veículos reais, principalmente caminhões. Seu primeiro desenho de um pesado foi um Mercedes-Benz 1113.
Cada traço carrega o detalhe e a personalidade de caminhões que, sob encomenda, ganham vida em suas ilustrações. Seu trabalho não apenas homenageia as estradas e quem vive delas, mas também encanta colecionadores e admiradores desse universo.
Redação Chico da Boleia: Como começou sua paixão por desenhar caminhões? Foi algo que sempre te interessou ou surgiu mais tarde na sua carreira?
Lucas Lima: A ideia inicial era apenas aprender a desenhar (começar do zero), isso porque até meus 12 anos, mais ou menos, eu não sabia fazer praticamente nada e, vendo os meninos da minha escola desenhando, eu resolvi que iria aprender a desenhar. Então, fui atrás de conhecimento, procurando referências em revistas, olhando os desenhos de outras pessoas mais experientes. E só mais tarde que comecei a desenhar caminhões, porque sempre achei incrível e bonito, e fui me aperfeiçoando cada vez mais.
Redação: Qual foi o primeiro caminhão que você desenhou? O que o inspirou a escolhê-lo como tema?
Lucas: O meu primeiro desenho foi um Mercedes-Benz 1113. Eu o escolhi porque era mais fácil, não tinha muitos detalhes, então facilitou muito naquela época.
Redação: Você tem um estilo específico ou técnica favorita que usa ao desenhar caminhões?
Lucas: Meu estilo é o realismo. Sempre procuro deixar o trabalho bem destacado, com cores vibrantes.
Redação: Quais são os principais desafios ao capturar a essência de um caminhão em um desenho?
Lucas: Os principais desafios que eu encontro na hora de reproduzir um desenho são: os detalhes da pintura, acessórios, modificação, dentre outros. Isso porque cada detalhe faz muita diferença para o cliente, pois às vezes até um amassado na lataria conta uma história e são esses detalhes que fazem a diferença e torna o trabalho tão único.
Redação: Quanto tempo, em média, você leva para completar um desenho de caminhão?
Lucas: O tempo aproximado que eu levo para finalizar um trabalho leva de 20 a 50 horas, isso no tamanho A2 42x60cm.
Redação: Você prefere desenhar caminhões clássicos ou modernos? Por quê?
Lucas: Tenho a preferência em fazer os mais modernos, porque são mais desafiadores, com bastante detalhes.
Redação: Você costuma usar referências fotográficas, ou a maioria dos seus desenhos vem de memórias e imaginação?
Lucas: Costumo usar mais referências fotográficas, porque meus trabalhos são por encomendas e só assim consigo atender as exigências dos clientes.
Redação: Quais materiais você mais gosta de usar para desenhar? Existe algum motivo especial para isso?
Lucas: Eu gosto mais de usar os lápis de cor pelo fato de conseguir fazer trabalhos mais detalhados e realistas, mas já fiz vários testes com outros materiais, porém não consegui alcançar o resultado desejado.
Redação: O que os caminhões representam para você, pessoalmente e artisticamente?
Lucas: Os caminhões representam grandeza, força e é isso que eu tento passar através da minha arte.
Redação: Existe algum caminhão específico que tenha um significado especial para você?
Lucas: Um caminhão que marcou muito para mim foi o Volkswagen Worker 24-220, pois foi o primeiro que viajei.
Redação: Você já teve a oportunidade de dirigir algum dos caminhões que desenhou? Se sim, como foi a experiência?
Lucas: Ainda não tive a oportunidade de dirigir nenhum caminhão que eu tenha desdenhado.
Redação: Você já trabalhou com alguma empresa ou marca de caminhões para criar obras personalizadas?
Lucas: Não, ainda não tive um convite desses, mas espero que um dia eu tenha. Seria muito interessante participar de algum projeto inovador para criar obras personalizadas para alguma marca de caminhão.
Redação: Como o público reage ao seu trabalho? Existe um tipo específico de espectador que mais se conecta com suas obras?
Lucas: O público reage com muita admiração, um pouco de dúvida também! Muitas pessoas não acreditam que as obras são feitas à mão. Isso é incrível porque o meu público é desde uma criança até uma pessoa mais idosa, então isso me motiva cada vez mais.
Redação: Já participou de exposições ou eventos relacionados a caminhões? Como foi essa experiência?
Lucas: Sempre participo de exposições. Isso é surreal, porque jamais esperava que meu trabalho iria alcançar tamanha proporção. É uma experiência única, os trabalhos sendo o centro das atenções, o público fazendo perguntas, é muito bacana.
Redação: Você recebe encomendas personalizadas? Como é o processo de trabalhar diretamente com os clientes?
Lucas: Sim, eu recebo muitos desafios, clientes querendo personalizar os desenhos, além da referência fotográfica, pois querem acrescentar detalhes como outros caminhões, carros ou motocicletas, e até mesmo pessoas. O processo de trabalhar com os clientes é legal, mas tem que ter jogo de cintura! Até mesmo porque alguns não entendem a dificuldade e, principalmente, o tempo que demora pra se fazer o trabalho.
Redação: Quais são seus planos para o futuro? Há algum projeto ou colaboração especial em que você está trabalhando atualmente?
Lucas: Meus planos são seguir com as obras de arte, quero seguir me aperfeiçoando e também seguir com a ideia de enviar meus trabalhos para outros países, que até agora não foi possível devido a burocracia.
Sim, tenho alguns projetos interessantes que logo serão revelados. Um deles com certeza vai ficar marcado, pois será entregue para o organizador da EXPOTRUCK.
Para conhecer mais sobre o trabalho do Lucas, acesse o seu perfil no Instagram.
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