Associação tenta mobilizar caminhoneiros no país, mas nova greve não acontece

Apesar de sindicato ter anunciado nova paralisação dos caminhoneiros para esta segunda-feira (25) no país, ainda não há sinais de uma nova greve dos motoristas nos estados brasileiros. Mesmo com a afirmação da entidade de que haveria nova paralisação, o Sindicam (Sindicato dos Caminhoneiros) de Mato Grosso do Sul, já disse anteriormente que motoristas do estado não iriam parar as atividades, não aderindo a qualquer movimento.

O Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros) do Rio de Janeiro junto à Associação Nacional de Transporte no Brasil Liberdade e Trabalho anunciaram na última semana que haveria novo movimento, pois, o Governo Federal não estava cumprindo com o acordo de redução de R$ 0,46 no preço do óleo diesel.

Em nota publicada no site do Sindipetro (clique aqui para ler), o presidente da associação que representa caminhoneiros autônomos, José Roberto, explicou, em nota, que o Governo Federal não está cumprindo com o acordo.

“O governo fez algumas promessas para a classe, que há tempos reivindicava a redução do preço do diesel, mas como sempre, de novo, o governo não cumpriu o prometido. Até o momento, após 15 dias após a paralisação, ninguém está vendendo ao caminhoneiro o diesel com o preço reduzido em R$ 0,46, conforme havia sido prometido. E por isso, a categoria dos caminhoneiros autônomos vai realizar uma nova paralisação”, disse.

Em MS não ia rolar

Na última sexta-feira (22), a reportagem conversou com representante do Sindicam (Sindicato dos Caminhoneiros) de Mato Grosso do Sul, que negou que caminhoneiros do Estado participariam de nova paralisação.

Conforme Roberto Sinai, do Sindicam, não havia nenhuma informação de que os caminhoneiros em Mato Grosso do Sul iriam integrar greve nesta semana. “Até então está tudo normal, as negociações estão sendo cumpridas tanto pelo Governo Estadual e Federal [redução do ICMS e preço do diesel], por tanto aqui não tem nenhuma movimentação prevista”, disse Sinai ao Jornal Midiamax.

A paralisação dos caminhoneiros durou dez dias no país e, como reflexo, o setor alimentício teve impactos, o setor petroleiro, com a falta de combustível nos postos de várias cidades do Brasil, escassez do gás de cozinha, etc.

Em Campo Grande, o Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) teve falta de alimentos por pelo menos duas semanas. O preço da batata chegou a ter inflação de 332% no preço. Os motoristas de Campo Grande tiveram dificuldade para encontrar gasolina e etanol nas bombas da cidade e postos tiveram estoques zerados, pois caminhões das distribuidoras não chegavam para reabastecer os estabelecimentos

Fake News?

Alguns portais de notícias no país chegaram a noticiar que a informação de uma nova paralisação se tratava de uma fake News. A mobilização da Associação Nacional de Transporte no Brasil Liberdade e Trabalho, que anunciou a paralisação para esta segunda-feira (25), fez com que um boom de informações apavorasse moradores em grupos de WhatsApp.

Áudios e vídeos de supostos caminhoneiros pedindo para que a população estocasse comida e combustível ganhou as redes sociais, no entanto, seriam os mesmos áudios e vídeos usados na greve anterior e em uma tentativa de nova greve no feriado de Corpus Christi, no dia 31 de maio, que também não chegou a acontecer.

De fato uma associação tentou mobilizar os caminhoneiros para que greve voltasse a acontecer, mas disseminação de conteúdos antigos em algumas redes sociais não passou de uma tentativa de causar pânico nos moradores.

Fonte: Midiamax

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