Caminhões saíram da banguela

Após primeiro trimestre com expansão de 50,4% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado, clima de otimismo impera no setor dos pesados

Após um dos períodos mais difíceis da história do setor de transporte no Brasil, quando se chegou a atingir uma queda de 70% nas vendas de caminhões, o segmento mostra que saiu da banguela em 2018 e começou a subir forte, com o pé cravado no acelerador, no primeiro trimestre do ano.De janeiro a março, o mercado de caminhões novos cresceu 50,4% com 14,5 mil unidades vendidas contra 9.700 no mesmo período do ano passado, conforme dados divulgados pela pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A produção no primeiro trimestre também aumentou, foi de 24,4 mil unidades, 55,1% a mais que as 15,8 mil fabricadas no mesmo período do ano passado. No terceiro mês de 2018, 10 mil caminhões foram fabricados, o que representa alta de 28% com relação as 7.800 de fevereiro e de 67,1% se comparado com as 6.000 de março de 2017.

Novo ritmo

No âmbito das exportações, o segmento indica um crescimento de 25,3% no com 7,3 mil unidades exportadas no primeiro trimestre de 2018 contra 5,8 mil nos primeiros três do ano passado. Em março, 2,8 mil unidades foram exportadas, o que representou um aumento de 2% em relação às 2,7 mil unidades de fevereiro.

“Todos esses aumentos são importantes, mas é sob uma base muito baixa do ano passado. De qualquer forma, os números indicam que o setor de veículos comerciais voltou a crescer e a ter um novo ritmo, confirmando a estimativa nossa de crescimento de 25% para 2018. Isso em função da queda da inflação, redução da taxa de juros e de uma estimativa positiva do PIB”, avalia Luiz Carlos Moraes, vice-presidente de veículos pesados da Anfavea.

Segundo o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico Assumpção Júnior, a retomada do mercado de caminhões no Brasil está maior que a esperada e as projeções de crescimento do setor praticamente dobrou. “A procura está maior que a oferta, porque os clientes ficaram sem comprar praticamente nos últimos dois anos e meio. A frota é antiga”, justifica Júnior.

Agora, a expectativa da Fenabrave é que o segmento de caminhões deva registrar alta de 17% nos emplacamentos em 2018, somando 60.919 unidades. No início do ano, as projeções indicavam crescimento de 9,5%.

Fabricantes alemãs celebram primeiros resultados de 2018

Entre as fabricantes do segmento, o clima de euforia com o bom começo em 2018 é inevitável. A Mercedes-Benz Caminhões, por exemplo, comemora um expressivo aumento de 87% na venda de seus modelos extrapesados, com 1.937 unidades emplacadas entre janeiro e março. “Esse crescimento é mais um sinal consistente da retomada da economia do país. Isso contribui de forma muito importante para nosso resultado como um todo no mercado brasileiro”, afirma Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas, marketing, peças e Serviços da Mercedes-Benz do Brasil.

Enquanto isso, a MAN Latin America, fabricante das marcas Volkswagen Caminhões e Ônibus, celebra novo recorde de exportações para a Argentina, que recentemente passou a contar com dois novos modelos de caminhão leve da família Delivery: o 9.170 e o 11.180.

“Esses lançamentos vão ajudar a sustentar nosso crescimento em níveis recordes na Argentina. Fechamos nesses primeiros dois meses, o melhor bimestre da história dos negócios da MAN no país vizinho, com 638 unidades embarcadas para este que é nosso maior mercado internacional e onde completamos 20 anos de operações em 2018”, aponta Roberto Cortes, presidente e CEO da MAN Latin America.

Em janeiro e fevereiro deste ano, a MAN mais que dobrou seus embarques internacionais alcançando o melhor bimestre de sua história, com 1.893 unidades.

Ford eleva produção na fábrica

Para João Pimentel, diretor de operações da Ford Caminhões para América do Sul, a necessidade de renovação de frota aliada à redução dos juros e a possibilidade de financiar 100% do bem têm sido fatores que impulsionam a venda de caminhões novos no país. “Nós vimos já no ano passado, na Fenatran, um número de consultas bastante animador para venda e troca de caminhões, que veio a se consolidar nos meses seguintes à feira numa expectativa que a gente já tinha para 2018 de um crescimento no segmento de leves e pesados entre 20 e 25%”, avalia Pimentel.

A Ford Caminhões aumentou em 45% o número de caminhões montados na fábrica da montadora, em São Bernardo do Campo (SP), comparado ao último trimestre de 2017 para atender a demanda. “É bastante animador. A gente vê o nível de confiança de empresários e frotistas querendo buscar essa oportunidade do mercado para trocar a frota com juros baixo, confiança em alta, uma safra boa e a indústria se recuperando”, finaliza.

Fonte: O tempo

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