Cidade do México sedia congresso sobre mobilidade sustentável.

Madri, Estados Unidos, Brasil e Colômbia para falarem das experiências em mobilidade nesses países.

Em uma das apresentações, o Diretor Técnico da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), André Soares Dantas, falou sobre os exemplos de mobilidade sustentável no Brasil.

Nosso país também foi assunto durante a mesa de diálogo “Melhores práticas de mobilidade sustentável”, com a apresentação de Wagner Colombini Martins, especialista em planejamento de Sistemas de Transporte e BRT. Para ele, a participação social na elaboração dos planos de transporte e mobilidade tem que estar na prioridade da agenda política e legislativa das cidades.

Com uma apresentação intitulada “A mobilidade urbana e a planificação integrada no Brasil”, Colombini abordou o caso de Florianópolis, onde a lei obriga que os governantes levem em consideração os grupos da sociedade civil e proíbe sua participação em eleições futuras se durante sua gestão não desenvolverem um plano de desenvolvimento urbano no território.

Para Wagner, o caso da cidade catarinense é inovador, já que o transporte é pensado em conjunto com o uso do solo. Além disso, o especialista aponta que foram realizadas mudanças como a construção de novas vias de comunicação terrestre, a reordenação do transporte público e adequação de espaços de convivência entre as distintas áreas.

“O modelo de Florianópolis representa uma solução para lugares onde existe uma mobilidade conturbada, já que a participação social nessa estruturação permitiu que o esquema se adaptasse a realidade da população”, expressou.

Em seu conjunto, o 7o Congresso Internacional de Transporte pôde debater os problemas que afetam milhões de habitantes em todo o mundo, dentre eles a má gestão das cidades que ainda estão desenvolvendo seus mecanismos de organização do transito e mobilidade sustentável.

O Brasil tem duas das cidades mais engarrafadas do mundo, a já citada Rio de Janeiro e também São Paulo, centro que os caminhoneiros bem conhecem pela falta de alternativas de rotas de distribuição e pelos milhares de quilômetros históricos em horários de pico e vésperas de feriado.

O debate do papel das administrações estaduais e municipais é fundamental para que se saiba que rumos tomar a respeito do assunto. Se os mecanismos de integração, organização e distribuição do trânsito fossem implementados, os caminhoneiros, por exemplo, sofreriam menos sanções de restrições de horários e poderiam circular mais livre e rapidamente.

Mas para que as pessoas percam menos tempo no trânsito e aproveitem mais sua vida com coisas que realmente importam, falta pensar em estratégias mais humanas e menos mercadológicas, a fim de otimizar, disponibilizar e incentivar o transporte público coletivo, as caminhadas, as bicicletas e os meios de transporte alternativos e sustentáveis.

Redação Chico da Boleia com informações da Associação Mexicana de Transporte e Mobilidade. 

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