Dia da imprensa é marcado por constantes ataques aos profissionais do setor

Dia da imprensa é marcado por constantes ataques aos profissionais do setor

Movimento para descredibilizar veículos de comunicação e trabalhadores parte, principalmente, de representantes do Governo federal

Redação Chico da Boleia

Comemorado em 1º de junho, o Dia da Imprensa tem como objetivo lembrar a toda sociedade a importância dos veículos de informação, de todos os segmentos (jornais impressos, TV e digitais, rádios, revistas, dentre outros). Ainda mais neste momento, no qual há um movimento para descredibilizar a imprensa nacional, principalmente por parte de representantes do Governo Federal.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI) vem denunciando constantemente os ataques feitos a repórteres, fotógrafos e empresas do setor de comunicação. Um exemplo recente foi o do jornalista da CNN, Pedro Duran, que cobria os atos em prol do presidente Jair Bolsonaro e foi hostilizado e impedido de cobrir a ação pelos manifestantes. O profissional precisou ser escoltado pela polícia militar até o carro da emissora.

Este é apenas um dos casos que ganhou notoriedade, mas existem milhares de jornalistas que sofrem ameaças diariamente e são impedidos de exercerem suas funções. Muitos são silenciados.

As fake news têm sido muito utilizadas também para descredibilizar a imprensa. As “correntes” de Whatsapp e Facebook, além protagonizarem um papel medíocre neste momento crítico devido a pandemia, levando desinformação e dúvida, exercem um forte efeito na população, colocando-a contra a imprensa.

Ser jornalista no Brasil não é fácil. Seu trabalho é constantemente questionado, sua capacidade de apuração e imparcialidade não serve de nada quando há um movimento tentando confundir e enganar os brasileiros que, por vezes, preferem acreditar em meras opiniões, ao invés da ciência e medicina (no caso da Covid-19).

A imprensa é chamada de o “quarto poder” devido ao papel que desempenha junto a sociedade. A informação é uma arma muito poderosa e por isso os governos ditatoriais a temem, sempre atuando para cesurar ou fechar os veículos de comunicação. Uma população bem informada não se deixa enganar ou manipular, por isso é tão importante manter a democracia e a liberdade de imprensa.

Este 1º de junho não será comemorado. Será um momento de alerta aos leitores para que exijam a verdade, para que busquem informações imparciais, para que lutem pela liberdade e seus direitos, assim como nós da imprensa, também lutamos diariamente.

Morre um jornalista por dia no Brasil devido a Covid-19

De acordo com informações da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), a Covid-19 mata um jornalista por dia no Brasil. Os profissionais do setor não foram incluídos no grupo prioritário da vacinação, apesar de estarem trabalhando continuamente desde o início da pandemia (muitos seguem apurando diretamente das ruas as informações, expondo-se ainda mais ao vírus).

Entre 1º de janeiro a 30 de abril de 2021, 124 jornalistas morreram em decorrência do novo coronavírus – em média são contabilizados 31 óbitos por mês. Os dados ainda revelam o aumento deste número em comparação a 2020.

No total, o país registrou mais de 440 mil mortes desde o início da pandemia.

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