Direção assistida ganha corpo

Sistemas de assistência estão tornando veículos comerciais mais seguros. E a condução automatizada está chegando

Continental eHorizon

É uma questão de tempo. Pouco tempo, quem sabe, a depender da Continental, que está investindo no desenvolvimento de sistemas de assistência à condução de veículos comerciais. A chamada condução automatizada, que tornará o transporte de bens e pessoas mais seguro, confortável e eficiente pode estar a três ou quatro anos de distância. Daí para o mercado brasileiro pode ser questão de conveniência comercial. Com componentes, sistemas e softwares de inteligência de alto desempenho, a sistemista  divulga um abrangente portfólio de soluções voltado a atender as mais exigentes demandas de mobilidade futura.

Sistemas de assistência de direção já representam uma contribuição valiosa para aumentar a segurança e o conforto, além de reduzir o impacto nos motoristas. Por estarem em nuvem, estão atuando como ferramentas para melhorar a eficiência nos transportes, diminuindo o consumo de combustível e períodos de indisponibilidade dos veículos. O Grupo Continental quer tornar realidade veículos com direção parcialmente automatizadas ainda nesta década. E, para 2025, veículos com condução totalmente automatizados serão possíveis em determinadas rotas.

Passo à frente – “Um pilar vital para o chamado sistema de transporte inteligente é a alta precisão dos mapas, bem como o acesso às redes de mobilidade,” explica Michael Ruf, responsável pela Unidade de Negócios Commercial Vehicles & Aftermarket da Continental. Para atender essa necessidade, a companhia desenvolveu o eHorizon, considerado elemento-chave para um veículo totalmente automatizado.

Continental eHorizonNo Brasil, o sistema I-See, recém lançado pela Volvo, é um concorrente similar. O próprio eHorizon já é utilizado na Euiropa em caminhões Scania e MAN, mas essas marcas ainda não cogitam uma aplicação brasileira do sistema. No futuro, este “horizonte eletrônico em rede” usará dados de navegação de forma cada vez mais proveitosa, utilizando a tecnologia de crowdsourcing para alimentar os mapas topográficos subjacentes com informações oriundas dos sensores dos outros usuários de estradas. Como resultado, o mapa digital será cada vez mais preciso e atualizado, e poderá preparar o sistema eletrônico do veículo para o caminho à frente.

A conversa entre sistemas de fabricação diferente será mandatória. Isso evitará acelerações desnecessárias antes de curvas ou subidas inclinadas, reduzindo assim o consumo de combustível em até 6%, e amenizando significantemente situações potencialmente perigosas. “O eHorizon do futuro vai simplificar a condução de antecipação e servirá como base para incontáveis novos desenvolvimentos tecnológicos,” diz Ruf. Em sua próxima extensão, o eHorizon dará ao veículo a capacidade de “ver ao virar a esquina”.

Para construir suas soluções de detecção de objetos 3D, a Continental utiliza sensores de radar, sensores de câmera, câmeras estéreo e o sistema de monitoramento 360˚, itens que devem fazer do ponto cego um problema do passado. “O progresso tecnológico é extremamente promissor e está tornando o objetivo de condução totalmente automatizada cada vez mais tangível. O maior obstáculo reside no fato de que restrições legais ainda precisam ser adaptadas para refletir esses avanços,” explica Ruf.

fonte: Transpo Online

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