Estresse e sobrecarga de trabalho são fatores que aumentam as chances de acidentes de trânsito

No ano passado, o transporte rodoviário de cargas ficou em terceiro lugar no ranking de Comunicação de Acidentes de Trabalho (CATs) no Brasil. (Foto: Ilustrativa/Pixabay)

Estresse e sobrecarga de trabalho são fatores que aumentam as chances de acidentes de trânsito

Transporte rodoviário de cargas lidera ranking de mortes durante o serviço

Redação Chico da Boleia

Um levantamento feito pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, por meio do Ministério Público do Trabalho (MPT), e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que, no ano passado, o transporte rodoviário de cargas ficou em terceiro lugar no ranking de Comunicação de Acidentes de Trabalho (CATs) no Brasil. Entretanto, o segmento lidera o relatório com o maior número de mortes. Em 2021, foram registradas 327 mortes em acidentes de trabalho e 12.771 notificações de acidentes.

Segundo Alysson Coimbra, diretor da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), a jornada excessiva de trabalho, característica do setor de transporte rodoviário de cargas, a torna muito perigosa, principalmente quando os profissionais negligenciam tanto a saúde mental quanto física. Um dos motivos para tal comportamento deve-se a intensa rotina, que pode chegar a até 13h ao volante, diariamente. “Tais ações abrem as portas para o abuso do consumo de álcool e de substâncias psicoativas para trabalhar por mais horas e ganhar cada vez menos. Essa conta não fecha e todos nós pagamos o preço da insegurança viária nas estradas e rodovias”, destaca o especialista.

Alysson também explica que alguns dos principais problemas de saúde desenvolvidos pelos os caminhoneiros estão ligados a atividade exaustiva e ao estresse constante. “Os caminhoneiros, em sua maioria, não conseguem manter uma rotina de prática de exercícios físicos. Então, o sedentarismo e a obesidade são problemas recorrentes. Eles aumentam o risco de desenvolvimento de doenças metabólicas, principalmente diabetes e hipertensão. Esses são os problemas mais comuns que observamos na categoria”.

– As doenças crônicas, quando não estão controladas ou não são tratadas da maneira correta, podem ficar mais agudas. Então no caso de hipertensão arterial, o que acontece é a ocorrência mais frequente de picos de pressão alta. No caso da diabetes, essas alterações do nível de glicose também ocorrem com maior frequência, tanto a hiperglicemia, que é o pico glicêmico, quanto a hipoglicemia, que é quando o nível de  açúcar cai. Tudo isso coloca em risco não só a vida do motorista, mas também a dos demais integrantes do sistema de trânsito porque compromete totalmente a capacidade desse condutor de dirigir de forma segura. Basta lembrar que, segundo a OMS, 90% dos sinistros de trânsito têm como causa principal as falhas humanas. Então, quando a saúde do motorista não está em dia, o risco de acidentes é ampliado, sim – complementa o diretor da Ammetra.

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Imagem: Pixabay
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