Negócios Fenatran: LZN Logística adquire 68 caminhões Mercedes-Benz.

Com recorde de participação de público, a 19a Fenatran foi palco de novos e grandes negócios no mundo do transporte rodoviário de cargas. Um deles foi protagonizado pela LZN Logística, também conhecida como Luizinho Logística, que atua no mercado há 25 anos. Chico da Boleia esteve na cidade de Dois Córregos e conversou com o Diretor de Operações, Cesar Tidei Filho, sobre a aquisição dos 68 caminhões Mercedes-Benz e a parceria com a Concessionária Irmãos Davoli, uma das mais importantes representantes da montadora no Brasil. Confira alguns trechos da entrevista.

Chico da Boleia (CB): Cesar, conta um pouco pra gente sobre como nasceu a LZN logística.

Cesar Filho (CF): A LZN Logística nasceu da distribuição de cimento. O Comercial Luisinho era um atacadista, um distribuidor de material de construção que nasceu há 25 anos. O fundador foi o senhor Luís. Ele retirava o cimento em Votoran, que ele trazia pra nossa região de Dois Corregos, Bauru, e fazia a distribuição através do seu caminhão Ford. E isso em 1978. Com o crescimento dessa empresa, nasceu a Empresa de Logística e Transporte Luizinho.

Ela começou inicialmente com transporte de cimento e a partir daí veio angariando outros clientes, de médio e grande porte. Nos últimos três anos foi feito um investimento muito forte em tecnologia para o nosso segmento de logística, foi quando a gente percebeu que o mercado era muito carente de nível de serviço. Ou seja, bons veículos, bons equipamentos, tecnologia da informação e treinamento do quadro de funcionários – e isso inclui principalmente os motoristas.

E tendo o foco nesse trabalho voltado para veículos, frota, motoristas, treinamento, nosso nível de serviço foi percebido pelo mercado e nós começamos a expandir a nossa operação. Hoje eu digo pra você que em questão de qualidade, frota e nível de serviço, nós somos hoje uma das empresas mais competitivas do mercado.

CB: É importante ressaltar, nesse início de conversa, que a LZN não foge à regra do mercado, das empresas sérias de transporte, que nasceu na mão de um transportador autônomo de carga, de um caminhoneiro, exato?

CF: Exatamente

CB: Cesar, você tem, diríamos assim, formação em duas grandes escolas do transporte nacional. Uma é a Braspress, do nosso amigo Urubatan Helou e a outra é Mirassol da família Salgueiro. Nesse processo que a LZN passa por uma evolução, ela também passou a deixar de ser uma empresa familiar para um quadro executivo e você veio nesse bojo pra ajudar a colocar a LZN num novo patamar.

CF: Isso!

CB: Como você vê essa transição? Como você vê essa experiência que você traz de duas grandes escolas para a nova empresa?

CF: A questão do DNA daquela pessoa que vem lá do transporte autônomo de cargas, que é bem comum no nosso segmento, ela não é modificado, ela se mantem. A questão da honestidade, da transparência, do conhecimento do trecho, isso tudo a gente tem como uma partida. É lógico que com a evolução do mercado, com as novas tecnologias e com a necessidade, hoje, de informação, um governo que nos pressiona cada vez mais, não da pra fazer como fazia antes. E o que a gente vem agregar quando profissionalizamos uma empresa familiar? A gente tenta trazer esse conhecimento de mercado que foi adquirido em boas faculdades e outras empresas.

Eu digo pra você que a Braspress e o Expresso Mirassol foram grandes escolas, mas acima de tudo, é a questão da paixão. Nós temos hoje nos proprietários das empresas familiares uma paixão muito grande pelo negócio em si. E às vezes a gente precisa deixar essa paixão de lado para ver o que realmente dá resultado. Então eu acho que é mais nesse sentido que a gente agrega.

Uma gestão profissional vai olhar os números daquilo que realmente vale a pena, dá retorno e mantem a vida da empresa. Nós iniciamos um trabalho, nós achamos um ponto onde começamos a ter resultado, mas se a gente não evolui e não se modifica a gente acaba entrando num declínio e perde dinheiro. Então quando a gente fala em trazer novas tecnologias, novas pessoas que já viveram outras experiências, é uma forma de agregar valor nesse negócio. É logico que isso depende muito do querer. Eu sinto que a LZN Logística hoje, está muito aberta à evolução e a mudança. O negócio dela é atender o cliente com qualidade, é atender os parceiros.

CB: Vocês realizaram, na Fenatran, a compra de 68 veículos para atender a clientela, para atender melhor o mercado. Que caminhões foram esse e como foi feita a escolha?

CF: Nós fizemos um processo de levantamento de preços, mas antes disso, esse processo levou três meses para ser construído. Então nós chamamos boa parte dos fornecedores do mercado de veículos, nós pedimos a demonstração – os famosos truck-test – e com base nas informações colhidas de consumo e também com os nossos motoristas. Você vai analisar desde o consumo do veículo, até a tecnologia embarcada e o conforto para o motorista. Nós procuramos fazer isso de forma igual pra todos, com a mesma rota, mesma carga transportada e, no final, a decisão acabou ficando pela Mercedes-Benz.

Foi fundamental nesse processo decisório, além do valor do investimento que estava sendo feito – um investimento extremamente pesado, onde nossa margem de erro tem que ser zero, nós não podemos errar nessa compra – o atendimento que nós tivemos da Concessionária Irmãos Davoli e da própria montadora do veículo. Então nós fomos atendidos por toda uma equipe de suporte.

Outra coisa que nós levamos em consideração foi o custo de manutenção desses equipamentos. Então dentro desse contexto de negociação nós colocamos o valor do investimento para cada tipo de veículo, nós definimos um mínimo e um máximo de cavalaria para cada equipamento, ou seja, um cavalo 6×2, um cavalo 6×4 e um cavalo 4×2 e também a faixa de motorização. […] Outra análise feita foi a de consumo. Os veículos que hoje nós já temos na frota e os veículos que nós testamos.

A definição pela marca Mercedes foi valor – melhor preço encontrado dentro da Fenatran, inclusive – o consumo dos equipamento e plano de manutenção. A parceria entre a fábrica e a Davoli veio numa sinergia muito boa. Você percebia que tanto fábrica quanto concessionária estavam atuando em função do cliente.

CB: Quais foram os modelos que você pegou da Mercedes-Benz?

CF: Nós pegamos o 4×2 1933, o 4×2 2536 e o 6×2 2544.

CB: E esses veículos vão trabalhar em qual operação da LZN Logística?

CF: Bom, nós temos algumas operações como a “Frota Dedicada” que atua internamente em algumas fábricas. Alguns desses veículos vão fazer o transporte de insumos de fábrica a fábrica que é tanto Ambev como Unilever. E alguns veículos como os 6×2 vão para o “Frota Itinerante”, onde eles trabalham para clientes como Duratex ou Arcel, onde eles vão fazer as rotas mais longas.

CB: Bom, a opção por essa marca, a opção pela concessionária foi resultado da qualidade do atendimento e do pós venda oferecido?

CF: Exatamente, sem sombra de dúvida a questão do atendimento da Concessionária foi ponto fundamental para a negociação. A presença da Concessionária aqui durante todo o processo e lá o acompanhamento junto com a fábrica na Fenatran foi fundamental.

CB: O que a LZN Logística espera para 2014?

CF: Bom, nós estamos esperando que 2014, ao contrário da maioria dos executivos e do que a gente tem ouvido na mídia, seja um ano realmente produtivo, um ano de bons resultados. Nós estamos falando de um ano de eleições, um ano de Copa do Mundo e os nossos clientes atuais são clientes que estão direcionados muito para a parte de entretenimento. E a gente acredita nesse país. Apesar de todas as coisas que acontecem é aqui que nós estamos. O mercado de transporte é um mercado que precisa de muita inteligência, não é um negócio que pode ser “chutado”.

Nós temos trabalhado muito com tecnologia, investimos muito numa ferramenta de TI e indicadores. Então tudo o que a gente tem feito hoje, nós estamos simulando – antes mesmo da coisa acontecer – para ver como estaremos lá na frente. E eu digo pra você, Chico, que a expectativa para o ano que vem é muito boa. Não é fácil, é preciso agir com muita inteligência, ir com cautela. Mas estamos bem empolgados.

Redação Chico da Boleia.

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