Ponta Grossa vai ganhar ‘megaposto’

Projeto será construído às margens da BR-376. A maior parte do pátio será destinada para os caminhoneiros, afinal, ele poderá comportar mais de 200 caminhões. Se ocupado exclusivamente por rodotrens, que chegam até a 29 metros de comprimento, cabem mais de 80.

Reconhecida por ser o maior entroncamento rodoviário do Sul do Brasil, Ponta Grossa colhe os frutos por esse fato, sendo um polo nacional no setor de manutenção de caminhões. Com um grande fluxo dos pesos pesados, que transportam grande percentual da produção de soja e milho do Brasil para a exportação, esse diferencial fez com que a cidade fosse a escolhida para um grande investimento no ramo empresarial, pensado não só nesses motoristas profissionais, mas também nas famílias que viajam em automóveis. É a ‘Parada Vendrami’, uma espécie de centro comercial, que não só terá postos de combustíveis com loja de conveniência e um restaurante, mas também um pátio para caminhões, com serviços especializados e 20 escritórios comerciais, para transportadoras, seguradoras, agentes de carga, despachantes, entre outros.

A Parada Vendrami está sendo construída às margens da BR-376, na região do Distrito Industrial, em frente à unidade da Louis Dreyfus em Ponta Grossa, quatro quilômetros distante da Vila Velha. Em um terreno de 46,6 mil metros quadrados, a área construída inicial será de 3,5 mil metros quadrados, dos quais, pouco mais de mil metros quadrados serão destinados para o restaurante. A maior parte do pátio será destinada para os caminhoneiros, afinal, ele poderá comportar mais de 200 caminhões. Se ocupado exclusivamente por rodotrens, que chegam até a 29 metros de comprimento, cabem mais de 80.  O investimento será de R$ 15 milhões, e será capaz de movimentar a geração de 370 vagas de emprego, quando operando em 100%. O projeto foi aprovado pelo BRDE e as obras já começaram e a primeira fase deve ser inaugurada em setembro deste ano, gerando 137 vagas de emprego.

Vnicius Vendrami Malucelli e seu irmão, Antonio Vendrami Malucelli, são os sócios no projeto, que representam a Oriundi Participações. O local foi escolhido porque o terreno já pertencia à família, onde o avô deles tinha um posto de combustíveis. O posto foi desmontado para dar lugar a esse novo projeto. “Meu avô, Antônio Vendrami, tinha o terreno, então escolhemos o nome em homenagem a ele. E nós víamos, há muitos anos, que não haviam empreendimentos mais modernos na estrada. Como Ponta Grossa é um ponto logístico extremamente importante para o Brasil, resolvemos fazer esse empreendimento”, destacou Vinicius, lembrando que um quarto da soja e do milho da exportação passam por frente do futuro projeto. “Então quando resolvemos fazer, decidimos optar por algo inovador, diferente, como que tem em São Paulo, nos Estados Unidos, na Europa”, afirma.

 Diferenciais para os caminhoneiros

Aos caminhoneiros, haverá um controle de entrada e monitoramento de 100% da área, que será bastante iluminada, com luzes em LED. “O caminhoneiro entrará numa área dele, com um espaço voltado para ele, com lojas, escritórios, banheiro limpo, local para tomar banho, e a central de carga. Ponta Grossa concentra 80% do PIB regional, e é difícil encontrar o caminhoneiro encontrar um lugar com banheiro limpo e com segurança para descansar”, afirma. O local terá seis bombas diesel, espaço para oficinas e loja de pneus, por exemplo, com amplo pátio, para que o profissional tenha conforto ao esperar os serviços.

Mesmo que o projeto do Arco Norte venha a ser executado, o posto não será afetado, pois ficará quase quatro quilômetros distante da ‘entrada’ ou ‘saída’ do desvio, e todo o tráfego continuará passando em frente.

Restaurante terá mais de mil metros quadrados

Para os turistas, pela proximidade, servirá como um suporte ao Parque de Vila Velha e para outros pontos turísticos do município. Serão 126 vagas para carros e ainda outras vagas para motos, e de espaços destinados exclusivamente para veículos. Além de oito bombas do posto de combustíveis de gasolina e etanol, haverá uma loja de conveniências e o restaurante. Haverá outros espaços comerciais, para a instalação futura de um restaurante em container, por exemplo, e uma farmácia.

Operacional

Para os empresários que pretendem investir, Malucelli destaca como benefício os custos baixos referentes à operação. “Há a administração como se fosse um shopping, com manutenção, segurança, iluminação. Como todos os empresários compartilharão da mesma estrutura, dividem custos. Então será o melhor custo operacional, pelo rateio dos custos”, destaca.

Fonte: A rede

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