Presidente da Anfavea acredita em horizonte positivo para o mercado automobilístico brasileiro

No dia 4 de Setembro, a Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, reuniu representantes de entidades, fabricantes e jornalistas numa coletiva de imprensa realizada em São Paulo. O objetivo do evento foi divulgar e discutir os dados e as expectativas sobre o mercado automobilístico brasileiro para os próximos meses.

Desde o começo do ano, se detecta uma retração nos emplacamentos de veículos novos em relação a 2013, que já alcançou 9,7%. No entanto, os meses de julho e agosto demonstraram melhora em relação ao primeiro semestre desse ano, dando sinais de uma recuperação que pode ser intensificada. Com base nesse comportamento, é que o Presidente da Anfavea, Luiz Moan, acredita em números mais positivos até o final do ano.

Para Moan, existem outros aspectos que desenham um horizonte mais favorável ao setor, como a grande capacidade produtiva e de mercado do país. Além disso, o Presidente da entidade apontou para as especificidades do ano de 2014, como a realização da Copa do Mundo e o fato de vivermos um ano político-eleitoral, que pode aumentar os níveis de insegurança de investidores e compradores em potencial. Para ele, esses últimos fatores contribuíram para uma retração no mercado.

Esse recuo, no entanto, está longe de representar uma recessão ou uma “crise econômica”, como insistem em divulgar os analistas mais pessimistas. Moan defende que o desempenho do mercado já apontou melhoras, como o resultado da venda de cerca de 283,6 mil unidades/mês durante julho e agosto, número 2,3% superior à média mensal do primeiro semestre deste ano, que registrou um número de 277,2 mil unidades/mês.

Chico da Boleia acompanhou a coletiva de imprensa e conseguiu uma entrevista exclusiva com Luiz Moan. Durante a conversa, o Presidente da Anfavea também falou sobre o programa de renovação de frota, ainda em fase de configuração, mas já citado durante a coletiva de imprensa como um dos caminhos para a retomada do crescimento do setor. Veja na íntegra a entrevista.

Chico da Boleia: Presidente, você apresentou um número, na área de caminhões, que aponta para um crescimento de 7,6% neste mercado. Você acredita que para os próximos meses do segundo semestre, devemos repetir esse crescimento?

Luiz Moan: Nós não temos nenhuma dúvida disso. Na média de julho e agosto, contra a média do primeiro semestre, nós já aumentamos as nossas vendas em torno de 7,6% e sabemos que o mercado de caminhões é um mercado altamente profissional. Por isso temos uma estimativa de fechar esse ano com um segundo semestre melhor que o primeiro, em torno de 5 a 6% de crescimento.

Chico da Boleia: Levando em consideração, segundo a sua própria fala, que o investimento na indústria automobilista é um investimento a longo prazo, nós podemos acreditar que também no setor de caminhões nós teremos no próximo ano um ciclo virtuoso?

Luiz Moan: Não tenho nenhuma dúvida disso, há um compromisso de todas as empresas de caminhões associadas a Anfavea, para a modernização de seus produtos, buscando novas tecnologias, melhorando a eficiência, o que significa uma redução do custo operacional para o nosso transportador. Sem dúvida, será um ciclo muito virtuoso daqui pra frente.

Chico da Boleia: A gente ouve os analistas falarem muito em números, ainda mais em ano de eleição. Você também coloca dados em função da atividade que exerce enquanto Presidente, que comprovam o crescimento do setor. Isso significa que o Brasil está longe da recessão?

Luiz Moan: Com certeza estamos longe disso. Os dados que nós temos dos meses de julho e agosto mostram claramente que não há nenhum risco de entrarmos numa recessão. Em julho o setor automotivo cresceu sua produção em mais de 17%, contra junho. Já no mês de agosto esse segmento cresceu mais de 5% em relação a julho. Portanto, é uma retomada do crescimento.

Chico da Boleia: Por último, o Renova Frota, programa de renovação apresentado pela Anfavea e por outras entidades, você acredita que isso pode sair do papel.

Luiz Moan: Vai sim, essa é uma proposta feita por dez entidades civis, representativas de toda cadeia automotiva, na área de caminhões. Vai sair! O que nós estamos trabalhando agora é arduamente na solução de cada ponto, na elaboração de propostas de leis que possam efetivamente conduzir a um programa de renovação da frota de caráter nacional.

Redação Chico da Boleia

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