PRF fiscaliza caminhões que transportam safra de grãos no MA

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Caminhoneiros circulam pelas estradas com o excesso de peso na carga.
Pico no transporte da safra de grãos ocorre entre fevereiro e maio.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai intensificar a fiscalização dos caminhões que transportam a safra de grãos na região sul do Maranhão. É que muitos caminhoneiros circulam pelas estradas com o excesso de peso na carga, o que prejudica as condições das rodovias.

O pico no transporte da safra de grãos ocorre entre os meses de fevereiro e maio e atrai para a região sul do estado mais de dois mil caminhoneiros e a maioria recebe por tonelada transportada. O preço varia de 90 a 110 reais dependendo da distância percorrida. Os caminhoneiros alegam que o custo com o óleo diesel e manutenção em virtude do grande número de buracos nas estradas reduz o lucro.

Para tentar compensar as perdas, muitos caminhoneiros transportam mais soja do que deveriam e a capacidade média das carretas é de 30 toneladas.

Por lei, os caminhões só podem exceder, no máximo, cinco por cento da capacidade de carga. No ano passado, a PRF notificou mais de 100 caminhoneiros e recolheu mais de 50 caminhões irregulares que resultaram em mais de 200 mil quilos de excesso de carga.

Segundo o policial Luiz Botelho, da Polícia Rodoviária Federal, se o excesso de peso for superior a uma tonelada,o dono do caminhão comete falta considerada gravíssima e paga uma multa de cerca de 200 reais a cada 500 quilos de excesso.

“Podemos considerar um veículo que esteja com cavalo-trator e dois semirreboques, e esses dois veículos ficou configurado o excesso de peso. Ou pode retirar parte da carga através do transbordo passando pra um outro veículo ou então pode fazer a desarticulação de um dos conjuntos do próprio veículo, configurando assim a busca da verdadeira adequação de está na conformidade pra que o veículo possa seguir viagem rumo ao seu destino final”, explicou.

O excesso de carga também causa prejuízos para a malha viária, pois o asfalto não resiste ao peso dos caminhões e os buracos começam a surgir rapidamente. Na BR-230, considerada principal corredor da soja no Maranhão, a pista está bem conservada, mas segundo a PRF esse tipo de infração pode causar prejuízos.

O policial rodoviário Luiz Botelho acrescenta que as pontes que são dimensionadas para suportar determinado peso também podem ter a estrutura comprometida quando as carretas trafegam com o peso acima do permitido.

“Há uma preocupação por parte do DNIT que é o órgão que emite AET, que é uma autorização especial de transporte, porque visa justamente à preservação dessas estruturas porque uma vez esses veículos com o excesso de peso passando por sobre essas pontes pode em algum momento elas não resistir ao excesso de peso e vir a ruir, vir a cair e uma vez acontecendo isso pode causar um grande transtorno aqui na região sul do Maranhão, principalmente, no período de escoamento da safra de grãos”, finalizou.

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