Vai uma ajuda, chapa?
Antes mesmo de o sol raiar, Carlos Homero Marques, 46 anos, pega a mochila, uma cadeira, a placa com a inscrição ‘chapa’ e se desloca até o quilômetro 18 da Rodovia Anchieta, em São Bernardo, seu ponto inicial de trabalho. O relógio marca 3h30 quando os primeiros caminhões, possíveis clientes, começam a aparecer no horizonte da estrada. O trabalho informal tem o objetivo de auxiliar motoristas de veículos pesados, seja na tarefa de indicar o caminho ou até mesmo a de carregar e descarregar produtos a preços negociáveis.
“É um parceiro do caminhoneiro, amigo encontrado na estrada, daí a gíria ‘fulano é meu chapa’”, destaca Marques, no ofício há dez anos. Embora o trabalho como chapa não tenha sido sua primeira opção, ele diz gostar do que faz. “Antigamente tirava R$ 2.000 por mês,