Transportes Borelli vence a 23ª edição do Prêmio José Tardivo

(Imagem: Guilhermina Lima/Abiclor)

A Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor) concedeu à Transporte Borelli o 23ª Prêmio José Tardivo, que homenageia empresas com as melhores práticas de segurança, saúde e meio ambiente no transporte de produtos da indústria de cloro-álcalis. A empresa atingiu 98,64% do total de 325 pontos avaliados para o Prêmio, no período de julho de 2023 a junho de 2024.

A premiação aconteceu na sexta-feira, 16 de agosto, durante a edição de 2024 do Encontro Anual de Distribuição e Transporte Seguro da Indústria de Cloro-Álcalis, que reuniu os principais produtores, distribuidores e especialistas do setor de transportes químicos no Hotel Grand Mercure SP Ibirapuera, em São Paulo.

“Para a Borelli é um orgulho receber esse prêmio, estamos muito focados na segurança e na descarbonização e queremos elevar o padrão do transporte rodoviário no Brasil nestes quesitos”, diz Murillo Borelli, gerente comercial no Grupo Borelli. “Estamos com uma equipe interna muito focada em ESG. Temos trazido bastante inovação junto a alguns parceiros de mercado e clientes na área de equipamentos de combustível alternativo, reduzindo drasticamente a emissão de gás carbônico e miramos esforços no trabalho de treinamento e conscientização de motoristas para seguir aprimorando a segurança”, conta o executivo.

Em segundo e terceiro lugares, as empresas Ceslog – Cesari Logística e Bauminas Log e Transportes foram reconhecidas com o Prêmio Melhoria Contínua, respectivamente com índices de 98,61% e 96,12%, o que equivale a uma avaliação de 325 pontos no Prêmio, em reconhecimento aos seus compromissos com a segurança e a excelência contínua em suas operações.

Nelson Felipe, Gerente Técnico e de Advocacy da Abiclor, responsável pela coordenação do prêmio, avaliou o desempenho de 115 transportadoras, contratadas no sistema CIF e FOB, responsáveis pelo transporte de 3.425.000 toneladas de produtos químicos em cerca de 136 mil viagens. “Quando recebemos as informações dos embarcadores para os cálculos do Prêmio José Tardivo, eles nos possibilitam avaliar indicadores muito importantes, que nos permitem entender um pouco da evolução, no geral, do que ocorre no transporte de produtos do setor cloro-álcalis, como um todo”, diz o executivo. “Um indicador importante é o número de rejeições, de 2022 para 2023.  Houve uma queda de 5% de rejeições dos caminhões que passaram por um rigoroso processo de check list no embarcador, definindo se ele está apto a ser carregado ou não. Este número referente ao período avaliado de 2023/2024, com o mesmo período anterior, teve uma redução de 34%”.

A rejeição de um caminhão, significa que ele tem que retornar a sua base, realizar as correções e depois retornar para o carregamento. Nós temos gastos e emissões desnecessário, muitas vezes por algo que poderia ser detectado antes do equipamento sair de sua base.

A Abiclor, por meio de sua Comissão de Manuseio e Transporte (CMT Abiclor), incentiva as empresas transportadoras, que realizam a movimentação de seus produtos a adotarem as melhores práticas na segurança, saúde e meio ambiente. O Prêmio José Tardivo é uma forma de reconhecimento da entidade para com as transportadoras que atingiram os melhores resultados, dentre os critérios adotados pela CMT Abiclor para o prêmio. A premiação é uma homenagem ao ex-dirigente da Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos, José Leonides Tardivo.

Além da premiação, o evento reuniu especialistas do setor para discutir temas críticos, como a segurança no transporte, como por exemplo uma palestra sobre Descarbonização, a experiência da Califórnia (EUA), que foi conduzida pelo especialista em transporte e logística e PhD da Poli-USP, Claudio Barbieri da Cunha.

“Na Califórnia, pretendem ter até 2045 100% de energia limpa, ou seja, energia elétrica alimentada por eletricidade de baixo custo e sem geração de carbono”, disse o painelista. “Trata-se de um projeto amplo e ambicioso, que inclui todo o transporte livre de emissões de gases do efeito estufa, com uma rede de conexão em locais para carregamento de veículos movidos a bateria. Inclui também propostas para edifícios cada vez mais descarbonizados, assim como transformação do setor industrial alimentado por energia limpa, como hidrogênio”, compartilhou.

Temas fundamentais para o setor como a Presença das Mulheres no Transporte de Carga e o Programa Despoluir foram apresentados respectivamente por profissionais do SEST/SENAT e da CNT.

Além disso, foi discutido o mercado global de cloro-álcalis e a economia brasileira, cujo cenário foi analisado pelo economista André Roncaglia, PhD, da FEA-USP, também marcaram a programação do evento.

“O evento foi uma demonstração da vitalidade do setor de distribuição e transporte na cadeia de valor da indústria de cloro-soda. A competitividade, segurança e sustentabilidade dessas empresas é cada vez mais fundamental para o desenvolvimento da nossa indústria. A relação com o mercado é, na maioria das vezes, intermediada por elas, então o conhecimento e a capacidade de resolução de problemas do cliente final com segurança e confiabilidade fazem a diferença”, observa Milton Rego, presidente executivo da Abiclor.

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