Redação Chico da Boleia
A Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE) divulgou novo relatório sobre os emplacamentos registrados no país durante o mês de outubro. De acordo com o levantamento, o segmento de caminhões registou aumento de 8,4% em comparação ao mês de setembro.
Porém, no acumulado do ano, o setor apresentou queda de 17,11%. O índice permanece negativo quando são avaliados dos caminhões comercializados em outubro deste e do ano passado. A redução identificada, quando comparados os períodos, foi de 13,45%.
Segundo a entidade, apesar de ainda inferior ao resultado de outubro do ano passado, o segmento apresentou recuperação no mesmo mês deste ano.
“Os caminhões ainda sofrem severa retração no acumulado, fruto das altas taxas de juros, seletividade no crédito para financiamentos e preço do EURO 6. A troca de tecnologia vem se consolidando e podemos dizer que o EURO 6 já compõe 50% das aquisições deste ano. Contudo, é importante ressaltar que o preço desses veículos é mais elevado, na comparação com os da tecnologia anterior, o que faz o transportador ficar reticente em relação a sua compra, pois o frete não acompanhou essa evolução”, diz José Maurício Andreta Jr., presidente da FENABRAVE.
O representante ainda destaca que os caminhões elétricos também sofreram queda de 44,92% no acumulado deste ano, passando de 610 unidades emplacada em 2022, para 336 até outubro deste ano.
Avaliação geral do setor
Os emplacamentos de veículos, considerando todos os segmentos, tiveram alta de quase 7% em relação a setembro. O resultado, que foi 18,4% superior ao registrado em outubro do ano passado, faz com que, no acumulado dos 10 primeiros meses de 2023, o setor apresente crescimento de mais de 13%.
“O dia útil a mais, em outubro, favoreceu o desempenho de quase todos os segmentos automotivos, que se mantiveram estáveis, acumulando crescimento dentro das expectativas da FENABRAVE. Para caminhões, no entanto, o saldo continuou negativo, pois esse segmento ainda sofre com o preço da troca da tecnologia para o EURO 6 e com o crédito muito seletivo”, argumenta Andreta Jr.
O crédito para o setor
Em relação ao crédito, o presidente da FENABRAVE lamentou o veto ao trecho que previa a retomada de veículos de forma extrajudicial no Marco Legal das Garantias (Lei 14.711), sancionado dia 30 e publicado em 31 de outubro. “O custo do crédito afeta o poder de compra dos brasileiros e é preciso mecanismos que deem maior segurança jurídica aos credores, para que, dessa forma, seja avaliada a possibilidade de diminuir os encargos dos financiamentos. Precisamos de medidas de estímulo ao crédito no País e tínhamos confiança de que o Marco Legal das Garantias poderia contribuir para isso”, concluiu.
*Com informações da FENABRAVE
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